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Ser Enfermeiro...

Tuesday, September 23, 2008

Crimes de Agosto

Um dos assuntos que mais agitou este Verão foi uma legítima resposta militar Russa a uma agressão bárbara por parte da Geórgia. Mas chamemos-lhe antes “invasão ou agressão Russa” como muito dos meios de comunicação ocidentais e EUA apelidaram. Um termo sem dúvida nenhuma bastante “legítimo”. Ora vejamos: os EUA (tal como noutros séculos fez a Inglaterra no seu império) possui uma política expansionista que, desde sempre, por questões políticas como na Guerra Fria, e agora predominantemente por questões económicas, sempre apoiou e financiou a formação de pseudo-países (que não tem legitimidade histórica nem cultural para o proclamarem). O mais belo exemplo e mais recente é o Kosovo, que de tamanha “fantochada” política e falta de credibilidade que cimenta a sua independência, só é politicamente reconhecido por um par de países: Inglaterra e EUA! Focando-nos na queda da URSS, formaram-se inúmeros países de Leste, entre os quais a Geórgia, no final de 1991. Contudo a formação deste grande número de países desencadeou-se por critérios que em alguns casos permiram que se formassem países que têm como fronteiras as fronteiras administrativas da ex -união Soviética e não as históricas, o que resultou em divisão de povos da mesma natureza. Um belo exemplo é a Geórgia. Outro semelhante é a anexação da Crimeia à Ucrânia que surpreendentemente ainda não originou problemas maiores. Já então eram vastamente conhecidos que uma das principais origens de inúmeras guerras civis e genocídios em África advinha do mesmo problema de criação de estados com separação de povos da mesma natureza. Este grande erro só foi passível de acontecer já que a Rússia, no governo de Boris Yeltsin, se encontrava na decadência e com falta de poder militar, económico e político no panorama internacional devido à grave crise económica (toda a enorme frota naval, desde os barcos aos submarinos ficaram meses parados nas bases do Árctico devido à falta de combustível, sendo que posteriormente mais de 90% foi para abate). Foi a época da corrupção, não só da formação de centenas de milionários que hoje imperam no mundo (muitos deles proprietários de clubes de futebol) como também a época da fome e do frio para o povo, com a morte de centenas de milhares de pessoas que nem aquecimento no inverno tinham. Claro que naquela época de corrupção os EUA tiveram presentes sendo parte dela, naquele mundo “novo” que se abria ao capitalismo e aos seus interesses específicos daquele país. Não admira então a formação de países em condições perfeitas para uma política expansionista americana, que no caso da Geórgia incluiu no seu território as pequenas regiões da Abkhazia e da Ossétia do Sul (ficando separada da Ossétia do Norte). A última época foi então decorrida entre conflitos militares e grande tensão entre estas regiões e o governo Georgiano. Nos últimos anos este país ganhou uma maior importância já que os EUA têm perdido poder político e económico para com o resto do mundo e, fazendo fronteira com a Rússia, é mais uma ferramenta de pressão para com estes. Na madrugada do dia 8 de Agosto de 2008, dia de abertura dos jogos Olímpicos e que tradicionalmente é um dia de cessar-fogo em todo o mundo, o governo Georgiano, que se diz democrático, quebrou as tréguas outrora acordadas e atacou a Ossétia do Sul. Mobilizando toda a sua artilharia, desencadeou uma ofensiva contra a capital dessa Ossétia, Tskhinvali, matando nessa noite 1600 pessoas desarmadas e ferindo milhares. Seguiu-se a invasão territorial com aumento do número de vítimas e pilhagens, violações, execuções e outras acções bárbaras que me abstenho de especificar mas estão referidas no vídeo abaixo. É importante referir que a Ossétia do Sul tem uma população de apenas 70 000 pessoas e apenas 3,900 km² e que grande parte dos seus cidadãos tem passaporte Russo. Ora o que os ofensores não contaram é que a Rússia reagisse e, muito bem, declarasse guerra, expulsasse os georgianos da Ossétia e entrasse na Geórgia. Contudo, o mundo Ocidental e a Geórgia (presidida por Mikheil Saakashvili, que chegou ao poder com o financiamento...americano) logo acusou os Russos de “invasão”, com acusações falsas e ataques Americanos! Mais um ponto “curioso”: o país que nos últimos anos mais cresceu a nível militar foi precisamente...a Geórgia!30 vezes mais!! Como dizem os grandes estrategas militares, um pais não ameaçado só aumenta exponencialmente a sua capacidade militar quando...vai para a guerra! E o que se sucedeu posteriormente foi o máximo da hipocrisia americana, ao nível de como só dantes faziam os comunistas da URSS: campanhas contra a Rússia sendo o ponto máximo uma proposta de cessar fogo discutida pelo presidente francês Sarkozy com o Presidente Russo, assinada por este último, que continha 5 condições essenciais a serem cumpridas pela Geórgia para haver um acordo. Contudo, a Secretária de Estado Americana Condoleezza Rice apresentou à ONU a suposta proposta assinada, mas incrivelmente falsificada para apenas três condições Russas. Coisas que se sabem pela imprensa mais livre do mundo – Russa (contrariamente ao que se diz. Já repararam que quem melhor informa para Portugal é o correspondente Russo da RTP Igor Moravitch?),Asiática e por alguns canais Alemães e Franceses. Agora como se diz, será que a atitude Georgiana foi "um passo pouco sensato", como disse Marcelo Rebelo de Sousa? Foi antes o que se diz Crime de Guerra! Mas Tribunal de Haia para estes senhores não há! Em relação a este assunto tenho a referir apenas mais que todos os países de Leste e a China demonstraram o seu apoio à causa Russa, que contribuiu para uma solidificação da justiça das acções Russas na imprensa internacional e simultaneamente para dissuadir mais “passos pouco sensatos” Georgianos e norte Americanos.
É triste verificar conflitos puramente de interesses políticos, especialmente na Europa, que não partilha de muitos problemas que assolam outras regiões do mundo mas este Verão foi bastante importante para o enfraquecimento do poder dos EUA. Toda a gente sabe que a Rússia, China se tornaram (ou voltaram a emergir) como superpotências que trazem um pouco mais de equilíbrio mundial. Quanto aos EUA, encontram-se metidos no beco sem saída do Iraque e Afeganistão, cada vez mais vulneráveis economicamente com a crise económica e dependentes da falta de petróleo e matérias primas, que cada vez mais são controladas pelo resto do Mundo anti-americano ou cada vez mais livre da sua influência ( Há quanto tempo não se via um ministro dos negócios estrangeiros português a negar na cara da Condoleezza o que esta disse aos jornalistas 2 minutos antes?). É de referir que com a diminuição de poder na Europa, Ásia e África, junta-se a América do Sul que vai deixar de negociar em dólares e debilitar mais os EUA, com consequência de parcerias entre os países Sul americanos mas que só foram possíveis de se desenvolver (contra o lógico interesse norte-americano) com a aparição do fanfarrão, exibicionista e “chama-nomes” Hugo Chávez. Porque como já rezou a história, há ditadores que fizeram bem a determinados países e este sem dúvida o está a fazer ao mundo, abrindo em conflito um espaço atrás de si para que o universo sul-americano tenha forças para empreender, se libertar da dependência Norte americana e deixar-se do seu jugo. Chegamos assim a um Outono de 2008 em que os EUA estão “ensanduichados” a nível externo e interno (com os seus problemas sociais) e cuja recuperação depende de uma economia que não é possível nas condições actuais. A medida mais directa para recuperarem, e como sempre fizeram os povos Anglo-saxónicos, seria a guerra (a começar pelo sempre provocado Irão), opinião que os grandes analistas afirmam há muito. Então para um pais que gasta mais em armamento (guerra, formação de novas unidades/armas e pesquisa militar) por ano que todo o resto do mundo junto (!) o que lhes impede de optar por mais uma guerra baseada em falsos argumentos? O maior instrumento bélico! A arma atómica! Capaz de destruir a nossa existência e tão cinicamente de...manter a paz!



Este vídeo, da conceituada Russia Today, retrata a verdade dos acontecimentos do início do conflito de Agosto. Aconselho a sua visualização para confrontarem com a informação partilhada pelos nossos meios sociais nos primeiros dias do conflito.







2 comments:

Anonymous said...

Aí está, joao veloso também é sinonimo de cultura! é bem ma man, gostei de ficar melhor informado;)
belo texto, video e imagens!

grand abrç

Anonymous said...

Aí está, joao veloso também é sinonimo de cultura! é bem ma man, gostei de ficar melhor informado;)
belo texto, video e imagens!

grand abrç