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Hábitos aditivos- Internet e videojogos
Hábitos aditivos em Internet e videojogos, uma realidade cada vez mais presente na nossa sociedade. A adição é francamente visível em amigos e muitas vezes em nós próprios o que nos leva a questionar e a reflectir que educação teremos de dar aos nossos filhos, já que estes irão crescer num mundo tecnológico habitacional desde a infância numa perspectiva muito superiora à nossa.
Se cada um de nós teve o primeiro telemóvel na adolescência, um jogo de consola arcaico no final da infância ou internet quase quando se é maior de idade, ainda antes do boom da globalização da internet e das redes sociais, imaginemos uma criança de 3 anos com telemóvel, consola, computador e televisão à mão. É uma situação difícil de gerar e para os quais os pais deverão estar atentos, já que a dependência televisiva e o uso da mesma como babyssitter é um fenómeno nocivo e já muito estudado . Estas tecnologias quando implementadas cedo demais têm grande potencial nocivo no desenvolvimento psicossocial e comportamental das crianças, razão até pelo qual a intenção de massificar o computador Magalhães no ensino primário é um disparate e um sério risco.
Quanto à dependência da internet, videojogos e novas tecnologias é problemática já nas gerações contemporâneas. Não é muito difícil uma pessoa desenvolver hábitos aditivos nesta área já que o PC tornou-se um instrumento de trabalho primário e indispensável. Por outro lado os videojogos aumentam a sua perfeição, proporcionando que o jogador fique imbuído numa realidade fantasiosa e que permite a vivência de sensações de uma leque inimaginável e praticamente infinito. ´
O mecanismo de viciação é semelhante em parte ao do álcool, drogas ou do vício no jogo: as alterações dos neurotransmissores como a dopamina e a obtenção do prazer. O problema é que causa síndrome de abstinência como qualquer destes vícios, alterações do humor com episódios depressivos ou de euforia e prejudica a vida pessoal, familiar, profissional, afectando toda a socialização da pessoa (comportamentos deste tipo (v) são mais frequentes em miúdos e graúdos do que se pensa). Pode inclusivamente levar a patologias psiquiátricas graves em certos contextos, razão pela qual o contacto em massa com estas tecnologias é cada vez mais grave quanto mais precocemente possível.
É mais fácil uma pessoa tornar-se dependente quando tem mecanismos de coping fragilizados e a área profissional estiver relacionada com os mesmos ou o uso destes, mas a área da internet e dos videojogos pela sua expansão recente é ainda pouco conhecido pela população em geral, por vezes até descriminada face aos jogo, álcool e drogas. Conheço bastante gente refém deste vício e faz falta em Portugal ainda a existência de um programa clínico especificamente destinado a este tipo de utentes, já que é uma situação que causa enorme sofrimento e afecta todas as esferas da vida de uma pessoa, podendo ainda originar uma situação familiar explosiva e degradante.
Foquei-me pouco na dependência de outras tecnologias como os telemóveis já que é um fenómeno mais raro, contudo tem vindo a a crescer o número de pessoas que compram compulsivamente gadgets de última geração, endividando-se com recurso aos créditos fáceis disponíveis na Cofidis, qualquer instituição semelhante ou nos grandes grupos comerciais de gadgets.
Recordo que quando me encontrava no 3º ano do curso um colega meu Suíço * a ter aulas comigo por Erasmus já se encontrava a fazer a monografia na dependência dos videojogos. Contudo, em Lisboa não encontrou qualquer artigo de investigação (fora os das bases de dados internacionais que tinha acesso na Suíça) sobre esta temática.
Espero sinceramente que a intervenção em saúde mental nesta área melhore significativamente nos próximos anos pois em breve será um problema de saúde pública mundial. Para já, EUA, e alguns países Europeus e do Sudeste Asiático lideram a linha da frente na intervenção a estes utentes.
* a título de curiosidade, a Suíça possui programas clínicos (incluído internamento) para pessoas viciadas em chocolate, pelas razões chocólatras sobejamente conhecidas.
Todos conhecemos casos extremos como o Coreano que faleceu após 50 horas de jogo ininterrupto, assim como outras situações um pouco menos extremas noticiadas pelos media. Contudo, estar mais de 8.h a jogar ou na internet compulsivamente é já uma realidade frequente nesta geração associados a perturbações comportamentais. Muita gente ficaria surpreendido se soubesse os estudantes do instituto Superior Técnico (assim como de outras áreas profissionais e locais de ensino) que têm acompanhamento psicológico, psiquiátrico e terapêutica prescrita pelo problema aqui focado (falo a título de conhecimento próprio).
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De quem é a vida afinal?
"De quem é a vida afinal?" é um filme que estou farto de rever em contexto universitário. Há uns dias lá estava ele a dar outra vez na televisão. Recomendo a todos a sua visualização para reflectirmos sobre o encarniçamento terapêutico e a hierarquia de valores na prestação de cuidados com a consequente confronto de valores. Neste filme é visível a problemática do Princípio da autonomia Vs princípio da beneficiência , uma porta para a discussão da questão da Eutanásia activa ou passiva.
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A terapia de desbridamento de feridas por larvas é uma solução de medicina alternativa que está a ganhar progressivamente e rapidamente o seu lugar na "Saúde Convencional" nos países desenvolvidos, um pouco à semelhança do uso de sanguessugas em alguns contextos clínicos.
Com recursos a larvas de mosca da fruta esterilizadas (para evitar o tétano), obtém-se o desbridamento de tecido necrosado ou desvitalizado das feridas em menor tempo com os produtos convencionais, sem efeitos secundários e com menores gastos para o utente e para o estado. É uma técnica quase milagreira por todos estes factores positivos, todos eles esmagadores.Por exemplo uma ferida que pode demorar mais de um mês a ficar sem tecido morto é por este método natural efectuada em alguns dias.
Em muitos países da Europa, como no Reino Unido, este tratamento é efectuado em clínicas e hospitais. A dificuldade da implantação do mesmo está relacionado com a necessidade de construcção de instalações próprias para a criação e esterilização das larvas. Contudo, a evolução da implementação desta prática vai no sentido do aumento da generalização desta prática.
Com recursos a larvas de mosca da fruta esterilizadas (para evitar o tétano), obtém-se o desbridamento de tecido necrosado ou desvitalizado das feridas em menor tempo com os produtos convencionais, sem efeitos secundários e com menores gastos para o utente e para o estado. É uma técnica quase milagreira por todos estes factores positivos, todos eles esmagadores.Por exemplo uma ferida que pode demorar mais de um mês a ficar sem tecido morto é por este método natural efectuada em alguns dias.
Em muitos países da Europa, como no Reino Unido, este tratamento é efectuado em clínicas e hospitais. A dificuldade da implantação do mesmo está relacionado com a necessidade de construcção de instalações próprias para a criação e esterilização das larvas. Contudo, a evolução da implementação desta prática vai no sentido do aumento da generalização desta prática.
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A Ordem dos Enfermeiros efectuou um estudo sobre a situação profissional dos jovens enfermeiros licenciados formados entere 2007 e 2009 e que chegou às principais conclusões:
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- 19% não se encontravam a exercer a profissão. Do total de desempregados 71% estão inscritos na SR Norte. Segundo o estudo este fenómeno regional é favorecido pelo maior número de escolas e de vagas nesta zona do país.
- No estudo efectuado em 2009, 57% dos enfermeiros tinham conseguido emprego ao final de três meses após conclusão da licenciatura, contra 43% deste novo estudo. O hiato temporal para o inicio do exercício profissional está a aumentar.
- A migração é já um fenómeno instalado entre os enfermeiros portugueses, com 13% dos enfermeiros a encontrar o primeiro emprego fora do país, contra o total de 5% do estudo de 2009. Espanha é o destino preferencial, enquanto Inglaterra, Irlanda, Suiça e França são outros destinos procurados.
- 41,5% dos jovens enfermeiros ponderam ou já ponderaram abandonar a profissão. Este é um dado inédito em Portugal mas que já registado noutros países. "
Face ao excesso de licenciados e à situação de contenção de empregabilidade no nosso país, a Ordem questiona ainda a irresponsabilidade de existirem Escolas de Enfermagem com concursos ainda no 2º semestre, chegando mesmo a referir as públicas com pior média de entrada, algo inadmissível:Média do último classificado- 2º semestre:
Instituto Politécnico da Guarda- Escola Superior de Saúde da Guarda - 100 valores
Instituto politécnico de Santarém- Escola Superior de Saúde de Santarém -96 valores!
O estado abre consecutivamente mais vagas em cada novo ano e as escolas tentam empregar o máximo nº e alunos possível para não perderem os subsídios do estado. Esta é a preocupação de muitos professores, conforme já ouvi directamente de escolas do meu percurso académico. Em vez de se cortarem nos professores, aumentam-se o nº de alunos, sendo estes burlados pois são arrastados para uma situação profissional de desemprego, assim como o facilitismo no seu ingresso no Ensino Superior é gritante em alguns locais, desprestigiando a profissão de enfermagem, as escolas sérias (se bem que muitas destas tenham a preocupação dos subsídios atrás referidas) assim como pondo em risco a qualidade dos cuidados futuramente prestados ( se a qualidade do ensino for proporcional à do ingresso no mesmo).
Para visualizar a newsletter da ordem sobre este assunto e o respectivo estudo vá aqui.
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Um novo passo
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Enfermeiros e SNS - Parlamento
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Suicídio no trabalho
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Prescrição de medicamentos - enfermeiro
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Resveratrol
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