União Zoófila e Associação Zoófila Portuguesa


TORNE-SE SÓCIO; ADOPTE OU APADRINHE UM ANIMAL; FAÇA VOLUNTARIADO!ESCOLHA...UM PEQUENO GESTO FAZ TODA A DIFERENÇA!

Vancouver Olympic Shame: Learn more. Por favor AJUDE a cessar este massacre infame! Please HELP stopping this nounsense slaughter! SIGN

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http://getactive.peta.org/campaign/seal_hunt_09?c=posecaal09&source=poshecal09

Ser Enfermeiro...

Saturday, April 30, 2011

Beauty in the world!



I know you’re fed up
Like a lead up for us
All they talk about is
What is going down?
What’s been messed up for us?
When I look around I see blue skies
I see butterflies for us

Listen to the sound and lose it
Its sweet music and dance with me
There is beauty in the world
So much beauty in the world
Always beauty in the world
So much beauty in the world
Shake your booty boys and girls for the beauty in the world
Pick your diamond pick your pearl there is beauty in the world
All together now

We need more lovin’
We need more money, they say
Change is gonna come
Like the weather
They say forever
They say
When they’re in between
Notice the blue skies
Notice the butterflies
Notice me

Stop and smell the flowers
And lose it the sweet music and dance with me
There is beauty in the world
So much beauty in the world
Always beauty in the world
There is beauty in the world
Shake your booty boys and girls for the beauty in the world
Pick your diamond pick your pearl there is beauty in the world
All together now

Heya throw your hands up and holla
Throw your hands up and holla
When you don’t know what to do
Don’t know if you’ll make it through
Remember god is giving you beauty in the world
So love (Beauty in the world)
Yeah love (Beauty in the world)

There is beauty in the world (Beauty in the world)
Beauty in the world (Beauty in the world)
Shake your booty boys and girls (Boys and Girls)
All the beauty in the world (Beauty in the world)
Pick your diamond pick your pearl (Pick your pearl)
There is beauty in the world (Beauty in the world)
All together now
Yeah love
Yeah love
Oh love
All together now

Hey baby when I’m looking at you
I know it’s fact is true
There is hope for love
There is beauty in the world
Hey baby
Hey baby when I’m looking at you
I know this vibe is true
There’s love
There’s hope for love
There’s beauty in the world

St.Kitts

Hoje deixo-vos a incrível história dos macacos alcoólicos das Caraíbas.

Vidas

Por vezes é preciso cansar, desesperar, chorar, exasperar, ter esperança, ver, reflectir, constatar. Para uns é entrega, para outros lutar, para muitos é ser-se o "seguro" de alguém. Para uns é ser-se cobarde, para outros corajoso. A verdade é que apenas um duo sabe o que se passa e, dentro deste, cada um sabe o que se passa consigo. E também é verdade que há quem veja mais as necessidades imediatas satisfeitas e outro não e quem se sujeite a cair mais, apenas porque é forte para lutar e porque a dignidade não se resume apenas ao não se mostrar dependente em qualquer contexto como a maioria das pessoas define, mas também ao estar com o outro e acreditar que é possível passar tudo juntos, especialmente quando vê esperança, luta e entrega do outro lado e se sente orgulho e apreço no outro. A vida é madrasta e é nos maus momentos que se vê a essência de cada um, os seus valores, sentimento, objectivos e sonhos.

Como uma vez aqui escrevi há muito tempo "dou de mais. E para isso é necessária uma coragem que não reside em todos!Faz parte de um ideal que será apreciado por alguém. Que compreenda que "tudo o que aqui tenho" para ti desde há muito tempo é não um fardo ou um peso, mas uma alegria, porque não me retira o querer viver."

Felizmente encontrei quem o apreciasse e quem o merecesse. Mas o sofrimento envolvido em determinadas situações, a luta entre a razão e o coração e até a pressão social contribui para momentos difíceis que só eu consigo descrever. Quem entrou numa nova etapa da vida e quem viu ser mudado muito do que tinha fui eu. Negá-lo é ser hipócrita ou utópico. Mas no dia a dia as recordações espontâneas, as vivências e os sentimentos e significados que retiramos delas dão-me a força para a entrega e para me encontrar com o que sempre senti, as coisas boas são o que ficam e o que movem.

Recordo outro texto passado:

"Não sei o que escrever, ou melhor sei, mas não o quero fazer. Apetece-me só divagar ou aglomerar palavras. Para quê dar-me a mais algum trabalho a esta hora e nestas condições? têm sido tempos difíceis e o que aí vem poderá ser ou não pior. Uma coisa é certa, passa por mim. Se pensar 10 seg. conto logo 20 variáveis que minam o meu Presente e tornam o futuro incerto e perigoso. Uma linda teia em que somos simultaneamente caçador e presa. Porque qualquer peça que mova influencia outra. Há momentos melhores? Há. E bem mais. Há momentos piores?Há.Não faço a mínima ideia quantos. Há razão para me preocupar? Há, referente a alguns casos. Talvez noutros. Ou será absurdo em terceiros. Não sei mas agora que o dia já vai tão longo dá-me vontade de rir. Parece-me momentaneamente absurdo que me foque neste pólo de acontecimentos quando mora outro tão oposto ao seu lado. Tão vivo e que se mostra todos os dias. Mesmo quando não se compreenda. É a minha natureza. Um sorriso ninguém me tira, nem a vontade de atoinar. Mas afinal se assim é porque escrevo estas palavras? Realmente dá-me vontade de rir. Mas como tenho insight e juízo crítico, ou pelo menos penso, no segundo seguinte já me faz sentido. Afinal uma daquelas recordações tão recentes volta-me a assaltar. Já não rio. Ela não é alegre. Mas faz sentido. Pelo menos para mim, faz-me dar valor à vida e a tudo o que tem de bom. E mais importante, faz-me dar valor às coisas que realmente fazem toda a diferença e são as mais valiosas de todas. E, pelo menos para mim, acho que são coisas bastante pequenas e que tantas vezes nos passam ao lado.

(...)

A vida é uma benção, um privilégio. Tem problemas e fases que podem chegar a ser atrozes (não há paralelo com algo que tenha vivido), mas há o oposto. Afinal, em 10 seg. devo contar mais de 20 variáveis que me façam sorrir não? Pois claro que sim. Por mais variáveis que existam para nos minar o caminho, a maior parte das vezes somos nós que o traçamos. E quando não é possível, o modo como o percorremos calha somente a nós próprios. "

Há dois rumos possíveis, incompatíveis entre eles. Há momentos difíceis em ambos.Há a minha pessoa, o que eu sou, em que acredito, quero acreditar e quanto e a quem me dou e quero dar. Há risco e coisas más. Há uma força interior que tem de chegar para cuidar de outros e da pessoa em especial que queremos, para cativar, gerar esperança, para vencer receios, angústia e outras formas de sofrimento. Que tem de chegar para dar mais na profissão. Em situações familiares, a amigos e outras realidades que já eram difíceis anteriormente e não mudaram. Que chega para me moldar e adaptar para o bem de quem quero e para o ver feliz. É ser-se o Eruntalon. E eu sei que o sou: uma esperança, uma força, um coração e um cérebro (embora para muitos compreensivelmente não pareça). Espero que isto não mude um dia mas do muito que aprendi recentemente é que tudo é possível. Incluindo o que é bom e quase impossível:) e uma das mensagens que alguém que muito estimo me sempre disse foi que o mais nobre dos sentimentos inclui as "experiências e situações boas e ultrapassar as coisas más", como me deixou escrito neste blog várias vezes, me disse presencialmente, por mensagens etc.

Espero que não se valorize novamente as coisas más que me ocorrem quando o quadro em que me encontro nos últimos tempos é precisamente o oposto, as coisas boas. Não há muita gente em determinados aspectos como eu (perdoem-me a minha falta de humildade aqui) e sei que não mereço tanto ou nada do que se passa. Mas sou dos que lutam se lutarem comigo e eu sei quem o merece. Se estiver errado descobri-lo-ei sempre, se houver mais ou tudo para perder fá-lo-ei sempre com a minha dignidade. Porque só há uma pessoa que sabe do que sou capaz e o que quero e tenho para dar. Compreendo o que ela precisa e sente e mais próximo ou mais afastado, vou sabendo o que quero porque poupá-lo é coroar-se a morte de alegria, e o que "nós" somos desde há muitos meses fala por si.




Anywhere you are, I am near
Anywhere you go, I'll be there
Anytime you whisper my name, you'll see
How every single promise I keep
Cuz what kind of guy would I be
If I was to leave when you need me most

What are words
If you really don't mean them
When you say them
What are words
If they're only for good times
Then they don't
When it's love
Yeah, you say them out loud
Those words, They never go away
They live on, even when we're gone

And I know an angel was sent just for me
And I know I'm meant to be where I am
And I'm gonna be
Standing right beside her tonight

And I'm gonna be by your side
I would never leave when she needs me most

What are words
If you really don't mean them
When you say them
What are words
If they're only for good times
Then they don't
When it's love
Yeah, you say them out loud
Those words, They never go away
They live on, even when we're gone

Anywhere you are, I am near
Anywhere you go, I'll be there
And I'm gonna be here forever more
Every single promise I keep
Cuz what kind of guy would I be
If I was to leave when you need me most

I'm forever keeping my angel close

Saturday, April 23, 2011

Biodiversidade

Hoje deixo-vos uma curta mas belíssima amostra da nossa biodiversidade. Para contemplar!

Friday, April 22, 2011

Eu!

Hoje prestei cuidados a uma Sra. que sofre de carcinomatose. Fui confrontado com uma fase do seu processo de luto, provei da sua revolta e antipatia e em muito menor quantidade do seu agradecimento.

Enquanto do ponto de vista da abordagem física e farmacológica "nada" pode falhar, tentei, como sempre se deve e tento, embora todos erremos, ser criterioso com a postura, presença, a escolha das palavras, do silêncio, mobilização do humor e sorriso e o sempre muito difícil toque terapêutico neste contexto. Ou seja, tudo o que faz verdadeiramente a diferença entre o cuidar e o apenas prestar assistência meramente física, entre o aliviar o sofrimento (vertentes espiritual, existencial, psicológico e emocional) ou apenas simplesmente aliviar a dor na sua vertente física. E cuja margem de erro é subjectivo, especialmente quando há falta de tempo, cansaço e pressão num serviço a abarrotar.

Embora não tenhamos falado muito, abordámos uma palavra difícil neste contexto: fé no sentido de crença interior já que a Sra era ateia ou não encontrava sentido na religião de momento, ou até revolta pessoal. A Sra. revoltava-se e estava antipática mas tinha um sentido de humor e uma força interior enorme e valorizar estes últimos ao invés dos primeiros é por vezes difícil, especialmente quando o sentimos na pele. Olhando é uma coisa, vendo-se é outra.

Isto faz-me sempre reflectir em ver o melhor do Outro, algo que nos parece tão simples mas é facilmente marginalizado no dia-a-dia.

Por outro lado, faz-me reflectir no que dar valor na vida. Só damos muitas vezes valor ao que temos quando o perdemos. Porque estamos dispostos a lutar nas nossas vidas e porquê?Pelo que vale sofrer?O que valorizamos?

Li esta pergunta várias vezes no últimos tempos: "amor ou medo, o que te motiva?". Quem me conhece sabe-a de caras. Mas aqui fica a resposta!

Realidade

Deixo-vos mais dados importantes elucidativos da actual situação do país e da imperiosidade de votar acertadamente no próximo acto eleitoral.

They!

Saturday, April 16, 2011

Quanto

Quanto vale o sacrifício?O deserto?A ausência? O vazio? A tristeza? A angústia? A alegria? A realização?A presença? O sorriso? As partilhas? As memórias? A entrega? A força? O levantar? O empurrar? O contagiar? O Cuidar? Os sonhos? O Amor? A vida? Eu sei.




"Se vês, então observa, se observas, então repara"

J. Saramago in Ensaio sobre a cegueira

Thursday, April 14, 2011

Porsche amarelo e Figo

Em dia de UEFA que pode ser histórico para o futebol português falo do clube que falta no quarteto, nomeadamente de Paulo Futre. É que finalmente ficámos a saber a história do "mítico" Porshe amarelo, famoso por cá e em Madrid! Com Futre é só pérolas!

Patos

Já há patinhos na Gulbenkian. Fez-me reviver memórias desde a infância ao passado recente.

Tuesday, April 12, 2011

Pequenas grandes verdades

Deixo-vos um excerto do livro "Histórias secretas da PIDE/DGS" com pequenas grandes verdades sobre a ditadura e a "democracia" em que vivemos, aplicáveis ao plano nacional e internacional. Esta obra é importante para vermos o que foi a história do fim da ditadura e da democracia em Portugal até à contemporaneidade e permite fazer várias analogias com o estado em que o país está. Permite-nos também conhecer melhor a esquerda e a direita portuguesa, as políticas de expansionismo das grandes potências mundiais e verificar muita da propaganda leccionada desde o ensino básico ao secundário e como se ocultam informações importantes. É uma obra conotada com o nacionalismo mas de leitura obrigatória para qualquer pessoa que se queira informar verdadeiramente, uma vez que a verdade não tem ideologia (tal como posso recomendar alguns livros de outras ideologias).


"A partir dos anos 60, o terrorismo de esquerda recrudesceu assustadoramente no mundo inteiro. Surgiram vários grupos dispostos a matar e a roubar em nome da ideologia marxista-leninista e seus derivados. Alguns deles eram discretamente apoiados e financiados pelos partidos comunistas locais; outros afirmavam mesmo serem órgãos de acção directa desses partidos. De Lisboa a Berlim, de Bruxelas a Chicago, iniciou-se uma nova era de terror no combate ao Estado. O Baader-Meinhof Gang, as Brigadas Vermelhas, os Weathermen, são exemplos conhecidos de organizações terroristas de esquerda.

Portugal não passou incólume pela vaga terrorista. Para além dos movimentos de libertação em África, o terror vermelho deu que fazer à polícia política na metrópole. Em Março de 1961, Álvaro Cunhal é eleito secretário-geral do Partido Comunista. É sob a sua direcção que o Comité Central decide abandonar a estratégia legalista adoptada anteriormente e recorrer a métodos terroristas para derrubar o Estado Novo. Primeiramente, intensificando os apoios aos movimentos de guerrilha em África; depois, criando e dirigindo na metrópole organizações terroristas. Todavia, os comunistas não foram os primeiros a enveredar por essa via. No primeiro trimestre de 1964, é fundada a Frente de Acção Popular (FAP). Os seus dirigentes, entre os quais se destacava Francisco Martins Rodrigues, eram antigos militantes e dirigentes do Partido Comunista. Contestatários do regime soviético, haviam saído ou sido expulsos do PCP por defenderem abertamente a aproximação ao modelo maoísta.

Em 1967 foi fundada a LUAR, acrónimo de Liga de Unidade e Acção Revolucionária, organização que propunha a realização de acções de guerrilha contra o regime. Com maior dose de realismo e perscrutando as necessidades financeiras da organização, os revolucionários da LUAR, dirigidos por Hermínio da Palma Inácio, decidiram começar a sua luta assaltando a delegação do Banco de Portugal na Figueira da Foz. Era menos arriscado e mais rendoso. Depois, sempre muito atentos às exigências financeiras de tão insigne guerrilha, especializaram-se em roubar os emigrantes portugueses no Luxemburgo. Foram seus dirigentes, para além de Palma Inácio, os senhores José Augusto Seabra, Fernando Echevarria e Emídio Guerreiro, que depois seria secretário-geral do PPD.

Palma Inácio, antigo mecânico da aeronáutica civil, foi preso em 1973 e encontrava-se em Caxias quando se deu o 25 de Abril, sendo libertado dois dias depois. Os seus libertadores consideravam-no um preso político, um combativo lutador antifascista - as acções terroristas são sempre legítimas quando feitas em nome da democracia. Palma lnácio tomou-se então militante destacado do Partido Socialista.

A Acção Revolucionária Armada (ARA) foi criada em Setembro de 1970 como organização subsidiária do PCP. Inicia as suas actividades terroristas no mês seguinte com um atentado à bomba contra o navio Cunene, fundeado no porto de Lisboa. Em Novembro, realiza uma tripla acção através da colocação de bombas na Escola Técnica da DGS, em Benfica; no Centro Cultural da embaixada dos Estados Unidos, na rua Gomes Freire; e nos armazéns do Cais da Fundição, em Santa Apolónia. A benemérita operação provoca um morto e quatro feridos. Quatro meses depois, a ARA ataca à bomba a Base Aérea de Tancos, destruindo aviões e helicópteros militares. Entre Junho de 1971 e Agosto de 1972, leva a cabo outras acções terroristas. Em consequência da detenção de vários membros da organização pela DGS, a ARA suspende as suas actividades em 1973. Os seus operacionais mais activos eram Jaime Serra, Francisco Miguel, Carlos Coutinho e Raimundo Narciso, actualmente deputado à Assembleia da República pelo PS.

Também em 1970 foram fundadas por Carlos Carneiro Antunes as Brigadas Revolucionárias (BR), na sequência da ruptura definitiva entre a Frente Patriótica de Libertação Nacional e o PCP. Organizadas em células semi-autónomas, financiaram-se através de assaltos a bancos, tanto em Portugal como em França. A sua acção principal foi um atentado à bomba contra as instalações da NATO no Pinhal do Arneiro, em Setúbal, a 7 de Novembro de 1971.

A partir de 1973, as BR passaram a actuar como braço armado do Partido Revolucionário do Proletariado. Alguns dos seus membros foram detidos pela DGS em 1973, o que não impediu que a organização continuasse a desenvolver as suas actividades.

Após o 25 de Abril, sob a direcção de Carlos Antunes e Isabel do Carmo, médica nutricionista que ainda hoje continua por aí a tratar da saúde aos portugueses, as BR actuaram como uma verdadeira milícia da extrema-esquerda. A 24 de Outubro de 1975, por serem obrigadas a entregar as armas, passaram à clandestinidade. O novo regime considerou-as uma manifestação de banditismo e entregou o caso à Polícia Judiciária, que prendeu os brigadistas. Por acórdão lido no 3º Juízo Criminal da Boa Hora, a 9 de Abril de 1980, Carlos Antunes foi condenado a 15 anos de prisão e Isabel do Carmo a 11 anos. Para além destas penas, os réus foram condenados a pagar indemnizações às instituições bancárias assaltadas, num montante de aproximadamente cento e cinquenta mil contos. Ouviram a sentença visivelmente contrariados, os olhos no chão, cravos vermelhos ao peito. Poucos dias depois, o julgamento foi anulado. Os dois foram libertados. Quatro membros das BR colaboraram mais tarde com as Forças Populares 25 de Abril, de Otelo Saraiva de Carvalho.

Nos nossos dias, o terrorismo de esquerda é sempre apresentado pela comunicação social(ista) como uma obra assaz benemérita, de grande alcance humanitário, meia dúzia de homens armados e municiados prontos a matar e a morrer para salvação de todos nós; já o terrorismo de direita (ou sobretudo o que é impropriamente classificado como tal), é visto como uma acção criminosa e atrabiliária, bandos de energúmenos armados até aos dentes para matar a torto e a direito. É um sinal dos tempos.

Quando o Conselho de Administração dos CTT convida o ex-operacional da ARA Jaime Serra para a inauguração de uma nova estação de correios no edifício que o bravo combatente antifascista destruíra à bomba vinte e sete anos antes, condensam-se em acto oficial todas as virtudes democráticas. Quando se vêem os responsáveis por actos terroristas que causaram mortes serem bajulados na televisão por jornalistas apreciados, percebe-se a importância da imprensa livre e pluralista.

Os terroristas de esquerda mataram em nome da liberdade e da democracia? Isso é bom. Os polícias prenderam-nos em defesa da segurança do Estado Novo? Isso é crime hediondo a exigir severa punição. E deste raciocínio parte-se de modo generalizado para todo o universo político e social. Vivíamos num regime antidemocrático; vivemos num regime democrático. Isto quer dizer que estamos melhor. Há desempregados, marginalizados, drogados, esfomeados, desalojados e desnorteados? Não têm que se lamentar, tanto que se podem queixar sem censura à imprensa e dar dois berros de protesto às portas dos ministérios. Vivem em democracia. Que mais querem eles? ? que é preciso é votar, e referendar, e dialogar, e aceitar como factos inelutavels tudo o que de mal ocorre. Morrer em África num regime autoritário é uma coisa; morrer na Bósnia em democracia é outra ... O que é bom é mau quando o regime é autoritário; o que é mau é bom quando é livremente sufragado pelo povoléu. Um democrata ladrão é sempre melhor do que um autocrata honrado.

Este sistema mecânico de pensamento, que tende a aceitar sem reservas tudo o que emanar da pretensa soberania do povinho, preocupa-se mais com a questão teórica da legitimidade do poder do que com os efeitos práticos da governação. Não vislumbra, por isso, que o Estado é uma categoria histórica. Quaisquer que sejam as formas da sua legitimação, é sempre Estado. Não abdica do monopólio da produção jurídica nem abre mão do monopólio da força. Qualquer Estado moderno é totalitário.

Tendo o monopólio legal da violência, como dizia Max Weber, o Estado exercita muitas vezes essa prerrogativa para alcançar fins políticos e sociais. Assim como a bondade de Deus não poderia ser louvada se não existisse a malvadez do Diabo, também o zelo do Estado não pode ser apreciado se não houver um monstro terrorista, que funciona como uma verdadeira arma do sistema. Em Itália, nos esconderijos das Brigadas Vermelhas, encontraram-se documentos confidenciais, provenientes de organismos policiais, comissariados e até de ministérios, os quais estranhamente nunca haviam sido tomados de assalto pelos terroristas. Em Espanha, o escândalo protagonizado pelo sI. Roldán, ex-director da Guardia Civil, pôs a nú as intimidades entre esta polícia e a ETA, cujos militantes conheciam os movimentos da Guardia e da Polícia Nacional.

Perante uma onda de crime avassaladora sempre apresentada como o mal absoluto, todos os outros males são relegados para um plano secundário: os problemas da educação, da saúde, da habitação, da justiça, são esquecidos. Logo de seguida, o Estado arroga-se o direito de se intrometer na própria vida privada dos cidadãos. Em 1984, a famosa Lei da Segurança Interna só não foi aprovada no parlamento português porque, poucos dias antes da votação, os operacionais da DINFO desmantelaram o aparelho das FP-25 de Abril.

Finalmente, uma outra razão de peso justifica o terrorismo estadual: as acções cometidas sobre a população indefesa podem ser imputadas aos inimigos do sistema (o poder necessita de assinalar um inimigo, como ensinou Carl Schmitt). O exemplo de Stefano delle Chiaie pode aqui ser chamado à colação. Fundador da Avanguardia Nazionale, organização nacionalista italiana de luta contra o regime, delle Chiaie foi acusado de quase todos os atentados perpetrados em Itália desde o final dos anos 60, como o da Piazza Fontana e o da estação de Bolonha. Conheceu primeiro o exílio e depois as penitenciárias do sistema. A Avanguardia foi ilegalizada. Mais tarde, delle Chiaie foi absolvido. Sem que nada ficasse provado até hoje, as suspeitas recaíram sobre o SID, um departamento de serviços secretos do Estado. "

Bruno Oliveira Santos, Histórias Secretas da PIDE/DGS, Nova Arrancada

Dejà vú

Pensamentos e sentimentos de fim de noite. É muito triste e simultaneamente curioso ver que é a música que mais passou por este espaço.O preço da entrega é sempre muito alto. Lições para o futuro.



Keane - "She Has No Time"

You think your days are uneventful
And no one ever thinks about you
She goes her own way
She goes her own way
You think your days are ordinary
And no one ever thinks about you
But we're all the same
And she can hardly breathe without you

She says she has no time
For you now
She says she has no time

Think about the lonely people
Then think about the day she found you
Or lie to yourself
And see it all dissolve around you

She says she has no time
For you now
She says she has no time
For you now
She says she has no time

Lonely people tumble downwards
My heart opens up to you
When she says

She says she has no time
For you now
She says she has no time
For you now
She says she has no time

Saturday, April 9, 2011

Feelings

Se o meu coração pudesse falar, diria:

It's never been easy for me
To find words to go along with a melody
But this time there's actually something on my mind
So please forgive these few brief awkward lines
Since I met you my whole life has changed
It's not just my furniture you've re-arranged
I was living in the past
But somehow you've brought me back
and I haven't felt like this since before Frankie said relax
and now I know based on my track record
I might not seem like the safest bet
All I'm asking you is
Don't write me off just yet

For years I've been telling myself the same old story
That I'm happy to live off my so called former glories
but you've given me a reason
to take another chance
now I need you despite the fact
that you've killed all my plants
and now I know
i've already blown more chances
than anyone should ever get
all I'm asking you is
don't write me off just yet
don't write me off just yet


A Fome, a corrupção e os luxos

Portugal precisa de jactos executivos para transporte de governantes?

Pronto! Finalmente descobrimos aquilo de que Portugal realmente precisa: uma nova frota de jactos executivos para transporte de governantes. Afinal, o que é preciso não são os 150 mil empregos que José Sócrates anda a tentar esgravatar nos desertos em que Portugal se vai transformando. Tão-pouco precisamos de leis claras que impeçam que propriedade pública transite directamente para o sector privado sem passar pela Partida no soturno jogo do Monopólio de pedintes e espoliadores em que Portugal se tornou. Não precisamos de nada disso.

Precisamos, diz-nos o Presidente da República, de trocar de jactos porque aviões executivos "assim" como aqueles que temos já não há "nem na Europa nem em África". Cavaco Silva percebe, e obviamente gosta, de aviões executivos. Foi ele, quando chefiava o seu segundo governo, quem comprou com fundos comunitários a actual frota de Falcon em que os nossos governantes se deslocam.

Voei uma vez num jacto executivo. Em 1984 andei num avião presidencial em Moçambique. Samora Machel, em cuja capital se morria à fome, tinha, também, uma paixão por jactos privados que acabaria por lhe ser fatal.

Quando morreu a bordo de um deles tinha três na sua frota. Um quadrimotor Ilyushin 62 de longo curso, versão presidencial, o malogrado Antonov-6, e um lindíssimo bimotor a jacto British Aerospace 800B, novinho em folha.. Tive a sorte de ter sido nesse que voei com o então Ministro dos Estrangeiros Jaime Gama numa viagem entre Maputo e Cabora Bassa. Era uma aeronave fantástica. Um terço da cabina era uma magnífica casa de banho. O resto era de um requinte de decoração notável. Por exemplo, havia um pequeno armário onde se metia um assistente de bordo magro, muito esguio que, num prodígio de contorcionismo, fez surgir durante o voo minúsculos banquetes de tapas variadíssimas, com sandes de beluga e rolinhos de salmão fumado que deglutimos entre golinhos de Clicquot Ponsardin. Depois de nos mimar, como por magia, desaparecia no seu armário. Na altura fiz uma reportagem em que descrevi aquele luxo como "obsceno". Fiz nesse trabalho a comparação com Portugal, que estava numa craveira de desenvolvimento totalmente diferente da de Moçambique, e não tinha jactos executivos do Estado para servir governantes.

Nesta fase metade dos rendimentos dos portugueses está a ser retida por impostos. Encerram-se maternidades, escolas e serviços de urgência. O Presidente da República inaugura unidades de saúde privadas de luxo e aproveita para reiterar um insuspeitado direito de todos os portugueses a um sistema público de saúde. Numa altura destas, comprar jactos executivos é tão obsceno como o foi nos dias de Samora Machel. Este irrealismo brutalizado com que os nossos governantes eleitos afrontam a carência em que vivemos ultraja quem no seu quotidiano comuta num transporte público apinhado, pela Segunda Circular ou Camarate, para lhe ver passar por cima um jacto executivo com governantes cujo dia a dia decorre a quilómetros das suas dificuldades, entre tapas de caviar e rolinhos de salmão. Claro que há alternativas que vão desde fretar aviões das companhias nacionais até, pura e simplesmente, cingirem-se aos voos regulares.

Há governantes de países em muito melhores condições que o fazem por uma questão de pudor que a classe que dirige Portugal parece não ter.

Vi o majestático François Miterrand ir sempre a Washington na Air France. Não é uma questão de soberania ter o melhor jacto executivo do Mundo. É só falta de bom senso. E não venham com a história que é mesquinhez falar disto. É de um pato-bravismo intolerável exigir ao país mais sacrifícios para que os nossos governantes andem de jacto executivo. Nós granjearíamos muito mais respeito internacional chegando a cimeiras em voos de carreira do que a bordo de um qualquer prodígio tecnológico caríssimo para o qual todo o Mundo sabe que não temos dinheiro.

Mário Crespo.
Jornalista

Friday, April 1, 2011

Move

Com 38.8C. e finalmente tempo de pensar so em mim.

Pensamentos



If you don't wanna wait

You left me inside out

It's too hard for me

There's no easy way out


You don't know and don't ask how

That i'm gonna make it work again

You don't know and don't ask why

That i'm gonna make it once again


Refrao

If you give up now, whos gonna loose

Which one of us, is given up now of being free

And if you give up now, whos gonna loose

Which one of us, is given up now of being free


Distance from between us

That we can't shake out

It's cristal clear

But it ain't gonna last


You don't know and don't ask why

That i'm trying to make it work

I'm trying to make it work


RefraoJust look around and see

Who you really need

Who you really want


RefraoJust look around and see

If you give up you won't be free

You won't be free yeah yeah


Never look back (x 8)