União Zoófila e Associação Zoófila Portuguesa


TORNE-SE SÓCIO; ADOPTE OU APADRINHE UM ANIMAL; FAÇA VOLUNTARIADO!ESCOLHA...UM PEQUENO GESTO FAZ TODA A DIFERENÇA!

Vancouver Olympic Shame: Learn more. Por favor AJUDE a cessar este massacre infame! Please HELP stopping this nounsense slaughter! SIGN

http://www.kintera.org/c.nvI0IgN0JwE/b.2610611/k.CB6C/Save_the_Seals_Take_Action_to_End_the_Seal_Hunt/siteapps/advocacy/ActionItem.aspx

http://getactive.peta.org/campaign/seal_hunt_09?c=posecaal09&source=poshecal09

Ser Enfermeiro...

Saturday, January 22, 2011

A Igreja Católica e o preservativo

Para primeiro post do novo "milénio" do blog escolhi um tema controverso: o uso preservativo e a posição da igreja católica.

Uma campanha governamental iniciada no mês passado na semana da luta contra a SIDA, no país basco, procura no combate a esta incentivar ao uso do preservativo, enquanto ataca a posição da igreja católica relativamente ao mesmo. Mostra inclusive imagens de um sacerdote a segurar primeiro numa óstia e posteriormente num preservativo. Segundo a imprensa a mensagem é a seguinte:

Bendito preservativo que tira a Sida do mundo. São estes realmente os que dizem que nos amam? Que não te enganem. Que não te dêem a hóstia. O preservativo é a melhor arma que existe contra a maior epidemia da humanidade.”

Citando que mais de 25 milhões de pessoas já morreram vítimas de HIV é referido ainda:

"A Igreja diz-nos que os preservativos, em vez de combater a doença, ajudam a expandi-la."

Esta situação gerou polémica com as organizações católicas e a própria Igreja. Blasfémia, ataque aos cristãos, propaganda e deturpação da mensagem cristã foram alguns dos argumentos utilizados na resposta.Segundo o Jornal I, “o porta-voz das Juventudes Socialistas, Juan Carlos Ruiz, já veio dizer que que "a Igreja Católica insiste em confundir os cidadãos" e que "a campanha apenas pretende reafirmar o compromisso com a luta contra a SIDA".

Campanhas e movimentos contra a posição da igreja relativo à prevenção do HIV são frequentes. Agora por parte de entidades governamentais é mais grave e admira-me. Não por ser católico e sentir-me visado, mas porque a mensagem deste anúncio que ataca a posição da igreja é também enganadora para ateus ou qualquer crente de outras religiões. E porquê? Pura e simplesmente porque dizer que "o preservativo é a melhor arma que existe contra a maior epidemia da humanidade" é estritamente mentira. Além de dizer que a própria posição da Igreja relativamente ao mesmo é também mentira.

O preservativo tem sido em mais de duas décadas exponencialmente distribuído e apregoado como sendo ou praticamente sendo 100% eficaz contra a propagação da SIDA (como método de barreira no acto sexual) e como sendo bastante eficaz como método preventivo e solucionador da propagação da SIDA a médio e longo prazo. No entanto, os dados estatísticos de que dispomos não mostram só uma diminuição da sua propagação, como um aumento da mesma!

Consequentemente, o seu uso é frequentemente fomentado nas relações e numa vivência da sexualidade com ênfase no uso do preservativo, mas sem se focar na responsabilização comportamental da pessoa perante si e os outros, alimentando e propagandeando a promiscuidade como algo normal mas tornando-se segura com o uso de preservativos. Anúncios como este só se focam no uso do preservativo e frequentemente incentivam à prática desenfreada de sexo, assim como por ex. as distribuições dos mesmos na rua, em festivais, carnavais e festas nocturnas sob a metodologia “não te inibas, diverte-te, mas usa sempre preservativo”. É raro haver qualquer advertência, excepto ao seu não uso,fomentando assim o que muitas vezes este uso traz consigo: uma relação eventual e insegura.

A Igreja, pelo contrário, defende os valores morais contra a promiscuidade. E sendo as relações cruzadas o principal factor de risco da propagação do vírus da SIDA, a Igreja defende o método preventivo cientificamente mais eficaz que é a não prática de relações cruzadas e mais “pensadas”, através da responsabilização nos actos sexuais, a abstenção, a propagação de uma cultura monogâmica e finalmente a nível oficial desde há pouco tempo (pecou pela tardia mas na prática padres e freiras distribuem preservativos e apelam ao seu uso em muitos contextos há décadas) o uso do preservativo em determinadas realidades.

A verdade é que o preservativo é um meio essencial para prevenir e controlar a disseminação do HIV, mas nunca será a solução por si só, pois se for “vendido” indiscriminadamente sob uma filosofia de promiscuidade às pessoas, estas por se sentirem seguras aumentam os comportamentos sexuais de risco como têm feito nas últimas décadas. E por isso é que após décadas de combate ao HIV segundo a filosofia actual e os incríveis gastos de recursos humanos e monetários, os dados estatísticos a nível global têm piorado!

Além disto existem diversos estudos de investigação (basta ir a bases de dados internacionais numa biblioteca) que referem que o preservativo não é 100% eficaz na prevenção do HIV como método barreira e que a percentagem de risco é considerável pois além da não total fiabilidade como barreira, os preservativos têm diversas qualidades, desgastam-se com a fricção no acto sexual, por vezes rebentam e se não forem bem colocados e utilizados há um risco real e comprovado de verem a sua eficiência diminuída (se estes erros de uso ocorrem frequentemente em população instruída, agora imaginem nas centenas de milhões de Africanos - ou populações semelhantes - sem instrução e com níveis de pobreza gritantes). Por conseguinte, logicamente que quanto mais os usarmos, maior será o risco de cometermos uma falha no seu uso, de haver falha por defeito no material ou de ser vítima da margem de erro de protecção que o preservativo. E por fim temos de ter em conta que os preservativos partilhados gratuitamente por vezes não são os de melhor qualidade.

Existem apenas duas únicas excepções a nível epidemiológico: o uso obrigatório de preservativos na indústria de prostituição e do sexo, como no caso do Cambodja e Tailândia. Aí os trabalhadores da indústria são obrigados e monitorizados rigorosamente no uso do preservativo o que, num ambiente restrito e objectivo, é possível de se efectuar. Como resultado, a propagação do HIV diminuiu acentuadamente apenas em contexto laboral. Fora deste último, na mesma sociedade, o insucesso continua. Infelizmente, em contextos maiores e não laborais é impossível efectuar esse controlo, quer em países desenvolvidos, quanto mais em África em que grande parte da população pratica a poligamia.

A única excepção fora de um ambiente laboral, a nível de sociedade, é o programa implementado desde 1986 no Uganda, que defende a monogamia, fidelidade, abstinência, o respeito e o amor pelo parceiro como elementos base e imprescindíveis para o controlo do HIV. A população foi aderindo e quase 20 anos depois, o Uganda é o único caso de sucesso global: de uma taxa de infecção de 20% no princípio dos anos 90, em 2002 tinha 6%! O oposto verifica-se na África do Sul, que seguindo as políticas de saúde do grosso dos países mundiais, apresenta pelo menos 5,3 milhões de infectados, cerca de 16 a 18% da população.

Deste modo, a única prova empiricamente eficaz a um nível global é o que a Igreja defende, assim como provavelmente também outras religiões já que são ideais e valores comuns a várias culturas.

O preservativo tem assim de ser usado para uma vivência da sexualidade com responsabilidade e não como base de uma vivência de promiscuidade. Não quero com isto dizer que uma pessoa não tem direito a ser promiscua em maior ou menor grau na vivência da sua sexualidade, tem todo o direito a procurar ser feliz segundo as suas necessidades e valores e a vivência saudável e segura da mesma é essencial à saúde e bem-estar do indivíduo, afectando todas as esferas do mesmo e trazendo em último caso benefícios para a sociedade já que a saúde e o bem-estar aumentam a produtividade.

Contudo, as organizações com responsabilidade social,política e de saúde não podem e não devem defender a promiscuidade como base da relação e o preservativo como a solução segura. É uma realidade disseminada que do ponto de vista científico e ético é mentira e que como cidadão e enfermeiro me preocupa. Vê-la a ser propagandeada em África onde a corrupção política e os lobbies farmacêuticos (inclusive o relacionado com os anti-retrovíricos; o sucesso do Uganda é frequentemente não mencionado em bastantes estudos e relatórios internacionais) é corrente é uma coisa, em países desenvolvidos é outra. Se não aparecer entretanto uma vacina ou tratamento mais eficaz, a metodologia actual de prevenção da SIDA nunca terá resultados excelentes em larga escala e muito menos será a solução.

Por outro lado é necessário ter consciência e reflectir sobre as causas da reacção que suscita as mensagens da Igreja católica sobre a prevenção do VIH e o uso do preservativo. Como podemos facilmente constatar, o preservativo tornou-se um “símbolo de liberdade e –juntamente com a contracepção- emancipação feminina, por isso quem questiona a ortodoxia representada no uso do preservativo é acusado de ser contra estas causas” (The Washington Post, 2009). A isto junto a simbologia que tem o preservativo junto dos adolescentes, já que ao permitir ou estar ligado ao acto sexual, é símbolo do crescimento pessoal e aprovação social. Para esta simbologia conta também o próprio paradigma actual nas ciências da saúde, relevando cada vez mais a sexualidade e a sua vertente como uma dimensão essencial à saúde e bem-estar do indivíduo e que se reflecte na intervenção e mensagem distribuída para a população.

Tal paradigma, do qual sou defensor, reflecte-se na educação a nível das instituições de saúde, escola (implemento da educação sexual nas escolas) e a nível dos media. No entanto, este último facilmente promove o culto do corpo nos mais jovens, do divertimento nocturno e por vezes do consumo do álcool. Todos estes factores fomentam a propagação e a simbolização do preservativo como algo imprescindível para a vivência da sexualidade, especialmente nos mais jovens, o que torna frequentemente para estes as críticas por parte da Igreja católica completamente descabidas. Promove ainda que esta instituição seja vista como retrógrada e ultrapassada, piorando muitas vezes no caso de pessoas homossexuais, lésbicas e anarquistas cujos alguns ideais vão contra a mensagem padrão da Igreja. Por último, em alguns contextos histórico-sociais, a Igreja é vista como símbolo de antigos regimes ditatoriais. Todo este universo influencia uma defesa muitas vezes inconsciente da crítica às políticas contra o VIH e uso do preservativo.

É importante ter noção de qual a verdadeira mensagem da Igreja, referida nos parágrafos anteriores, e ter consciência de que actualmente os grupos de risco - homossexuais, drogados, prostitutas,etc- estão hoje em dia e há muito tempo com melhores índices a nível epidemiológico que os heterossexuais, o que remete para um reflexão mais global a nível de cada sociedade e não apenas numa única causa que influencia directamente a propagação do VIH.

A Igreja é, como no anúncio, frequentemente criticada e acusada de ajudar a disseminar o vírus com a sua ideologia. Estatisticamente, podemos comprovar que em África, onde o flagelo é maior, a Igreja só tem influência directa em cerca de 15% da população e é onde se consegue melhores resultados. Não através do uso da força mas apenas do aconselhamento e acompanhamento e do seguimento da população dos ideais da sua doutrina. Além disso assiste directamente 1/4 do total das vítimas deste flagelo, e destas uma parte considerável só tem a assistência de instituições da igreja. Por tudo o referido anteriormente, concluímos que ataques cegos a certas mensagens católicas que estão cientificamente correctas é pura ignorância.

Por outro lado, as políticas de saúde deviam ser mais completas na informação e no modo como é transmitida. Defendo o equilíbrio não os extremos (uma privação da liberdade e da vivência sexual da pessoa ou o incentivo à sua total liberalização com falhas e ocultações graves de informação). Pois, infelizmente porque é um extremo, o último acontece há muito.

Deixo-vos com duas mensagens:

1- “ O uso dos preservativos acaba estimulando, queiramos ou não, uma prática desenfreada do sexo”. (João Paulo II)

Declaração clássica da igreja católica pensamos todos.

2- “São necessárias campanhas contra práticas sexuais contrárias à natureza biológica do homem. E, sobretudo, há que educar a juventude contra o risco da promiscuidade e o vagabundeio sexual.” (Luc Montagnier, 1989)

Poderia ser um padre, como há muitas mensagens semelhantes. Mas é o médico chefe da equipa que descobriu o retrovírus do VIH e nobel da medicina em 2008. E se a primeira frase pode estar algo ultrapassada devido às visões actuais da sociedade e ao sucesso epidemiológico em várias das minorias visadas, a segunda frase nunca esteve mais actual.

Ps- exemplos de links interessantes:

-"The pope may be right"

- "O uso do preservativo e a posição da igreja católica"

1000º Post!

E hoje o blog atingiu o milésimo post! Uma marca que nunca me passou pela cabeça desde que aqui comecei a escrever. Foi para mim um prazer partilhar tanta informação, opiniões, curiosidades, acontecimentos, vivências, experiências e estados de espírito!

E mesmo tendo ficado com kg de coisas para escrever e partilhar, muitas guardadas na minha mente e disco rígido, a verdade é que aqui chegar -nunca sendo um objectivo- tomou-me muito tempo do meu dia-a-dia e implicou algumas opções e sacrifícios, não tendo, no entanto, às vezes grande retribuição como todos sabemos. É um hobbie como outro :). Agradeço a todos os leitores pela vossa presença e/ou contribuição para este espaço nestes anos e espero de futuro ter tempo para escrever um décimo do que tive oportunidade para o fazer até hoje.

Friday, January 21, 2011

Negócio da china?

Como tem vindo a ser noticiado nos últimos tempos, Portugal conseguiu vender uma grande quantidade de dívida pública à China. Esta, para ser credora, logicamente salvaguardou contrapartidas oferecidas pelo estado Português para tal investimento de risco. Até aqui,nada de extraordinário, já que são recursos a que os governos por vezes se vêm obrigados a fazer. Por norma, quando um estado efectua tal negociação de modo directo é indicativo de desespero, algo que todos nós facilmente deduzimos face ao estado da nossa economia, é público e inegável numa realidade em que, por exemplo, os juros da dívida custam mais do que a educação (!) já desde 2010.

A título de exemplo, a Espanha efectuou simultaneamente a mesma operação que o nosso governo. Qual é então o problema? É que o governo de Zapatero, visto que negociou directamente e tal operação não passou pelo debate e aprovação no parlamento espanhol, logo informou publicamente quais os termos e condições do negócio e as contra-partidas oferecidas à China. Pelo contrário, em Portugal nada disto foi tornado público no que diz respeito à respectiva operação financeira! Na prática, o governo Português, podendo efectuar semelhante operação sem debate e aprovação no parlamento, tem pela constituição portuguesa e pelas regras básicas de adesão à União Europeia de informar publicamente quais os termos do negócio. Na prática, o governo pode ter aceite pagar o dobro dos juros actuais, pode ter oferecido concessões nacionais de portos ou aeroportos nacionais por dezenas de anos, pode ter abdicado de investimento em muitos dos mercados financeiros emergentes nos PALOP´s, especialmente Angola, ou pode, por exemplo, até ter vendido a ilha da Madeira!Hipóteses estapafúrdias?Concordo. Mas na prática, pode! Na prática, está a violar os princípios de soberania do estado e de separação de poderes da constituição Portuguesa.Na prática, está a violar regulamentos da União Europeia!

Face à política económica deste governo, os casos obscuros com o qual este executivo já foi manchado, a ignorância que demonstram e o facto de colocarem interesses partidários e eleitorais à frente da clarividência, justiça, competência e democracia, questiono os benefícios a curto ou médio prazo de tal negócio, já que as contrapartidas podem ser contraproducentes, apenas vantajosas a curto prazo e que sirvam os interesses próprios do governo.


Quantas vezes negaram no ano passado o verdadeiro défice do estado, apelidando a oposição de demagogos, defendendo os supérfluos PECs e admitindo a situação apenas quando os mercados internacionais já impossibilitavam mais mentira? Quantas vezes continuam a tomar decisões que pioram a situação financeira do país, negando a entrada do FMI e adoptando orçamentos que mantém os principais custos do estado e interesses partidários à custa das PME e do cidadão? Quantas vezes negaram e ainda não deixaram entidades europeias independentes auditoriar as contas do estado, continuando a ocultá-las? Quantas vezes recorreram a malabarismos estatísticos para alterar por defeito a taxa de desemprego? Quantas vezes utilizam o mesmo para alterar por defeito a taxa de abstenção escolar, com facilitismo do mesmo, destruição da educação e incluindo projectos fraudulentos estatisticamente como as novas oportunidades, política que nos trará grandes problemas futuramente? Quantas vezes defenderam os interesses do lobby da construção civil à frente dos interesses do estado e do povo?

A lista de exemplos é praticamente interminável. Simultaneamente, a oposição e o parlamento não questionam. O povo também não questiona. Estamos reféns de ignorantes e corruptos que não só destroem o nosso presente como hipotecam cada vez mais o futuro, presos pela falta de alternativas e de iniciativa da oposição e cegos pela ignorância do povo. Que depois admira-se quando o céu lhe cai em cima da cabeça. Porque, segundo algumas estimativas, nos próximos anos o povo Português vai perder entre 30 a 40% da sua qualidade de vida!

Entretanto e muito curiosamente, o candidato presidencial apoiado pelo governo continua o seu discurso de exaltação da soberania nacional, mencionando a constituição portuguesa e falando de democracia e de estado social. Tendo em conta as políticas governamentais e o tema deste texto, esta última situação de típica ditadura como se pode ver em vários regimes internacionais, até no anterior regime português (se bem que neste muito pouco frequentemente, visto que a Assembleia Nacional tinha quase sempre conhecimento dos negócios do estado), penso que hipocrisia e vergonha são as palavra mais suaves de se mobilizarem.

Doença mental - índices

O primeiro estudo para a população portuguesa sobre saúde mental revela que Portugal é o país da Europa com mais doentes mentais.

Esta realidade é suportada por conclusões que traçam um quadro mais negro do que o previsto sobre a saúde mental no nosso país. Realço:

"No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida. Para um grande mal, poucos remédios: 67% dos doentes graves estão sozinhos com o seu problema e nunca tiveram qualquer tratamento."

"Também a grande maioria das patologias de gravidade moderada estão sem qualquer tratamento (65%) e as ligeiras que estão por acompanhar chegam aos 82%."


"Para uma segunda fase ficam as doenças psicóticas, como as esquizofrenias. Por terem uma dimensão menor, os casos não foram apanhados neste levantamento."


Esta situação reflecte, além de outros factores, o facto de não apostarmos num modelo de cuidados de saúde baseados na prevenção, nomeadamente a nível de intervenção comunitária como se faz no Norte da Europa, o que criaria mais emprego, menos custos para o estado (com a hospitalização e a maior regressão dos casos clínicos) e melhor qualidade de vida da população.

Tal só é possível com uma aposta maior de enfermagem a nível comunitário. Factores como o estigma social,a pobreza e as políticas económicas só pioram este problema. A título de exemplo, o governo revogou a Portaria n.º 1474/2004, de 21 de Dezembro, que permitia subsidiar os anti-depressivos. Alguns passam a custar 10 a 15 euros a mais a utentes que frequentemente revelam falta de adesão terapêutica por factores psico-patológicos, individuais e sociais, assim como dificuldades económicas.


Para piorar, as doenças psicóticas não estão incluídas no estudo, o que certamente elevaria substancialmente alguns índices do mesmo (apesar da subjectividade da colheita de dados em alguns aspectos em saúde mental; por exemplo, os suicídios perpetuados por condutores nos seus veículos são frequentemente classificados como acidentes de viação).

Constato que quanto mais lemos, mais verificamos que as políticas sociais e económicas que estão a ser tomadas, não obstante as limitações contemporâneas, baseiam-se maioritariamente na obtenção de objectivos a curto prazo (muitos deles politicamente relevantes)para o sucesso de governos a curto prazo) enquanto as reformas e políticas com retorno a médio e longo prazo (portanto com menor valor político para os governos já que os resultados demoram anos ou uma geração a ver-se) estão a ser marginalizadas há anos, o que resultará em vários problemas futuros. E o curioso é que hoje estamos a sofrer na pele a incompetência maioritariamente do passado recente (15 anos) que marcou vários quadrantes da vida social, desde a economia à saúde. Quando é que aprendemos a lição para o futuro?Sendo erros recorrentemente repetidos, a minha esperança cada vez é menor.

Adição a videojogos

Hoje volto a falar na dependência de videojogos (ver posts anteriores 1 e 2). Uma realidade cada vez mais presente a nível mundial mas cuja visibilidade social só explodirá daqui a uns anos. Hábitos aditivos que exigem psicoterapia e muitas vezes internamento e grupos de ajuda segundo a metodologia do modelo Minnesota. A dependência de internet e videojogos tem vindo a crescer exponencialmente nas estatísticas e consequentemente a reflectir-se nos estudos de investigação realizados. Afecta crianças, adolescentes e adultos e, nos primeiros casos, o desenvolvimento psicossocial e comportamental é compreensivelmente mais afectado. Muito semelhante ao vício do jogo (de sorte e azar), afecta praticamente todas as esferas do indivíduo.

Face ao desenvolvimento acelerado das novas tecnologias, o usos de gadgets e PC´s como instrumentos de trabalho quotidianos e essenciais e a dificuldade de isolar as crianças de hábitos de consumo, laborais e comportamentais cada vez mais imprescindíveis para o Homem, este tipo de adição será um dos problemas de saúde pública mundiais a curto prazo!

Programas clínicos e instituições específicos para pessoas com o referido vício estão em crescimento a nível mundial, sendo comuns no Sudeste Asiático, EUA e alguns países a Europa. Nesta última, este fenómeno ainda carece de divulgação e de melhor oferta de serviços em saúde.

Neste âmbito partilho um documentário interessante sobre esta temática. Um dos jogos presentes é o World of Warcraft, um jogo em tempo real com milhões de utilizadores em todo o mundo e que é também o produto final do trabalho árduo de psicólogos pagos pela empresa do software, no sentido de o tornar mais viciante.

Parte 2

"Quem quer ser milionário?"

O que é um clarinete? Será um instrumento de cordas? Será que o morcego é uma ave? Ou será mamífero como a namorada do Mickey? Perguntas tão simples para nós transformam a versão do Quem quer ser milionário" Angolana numa comédia. Contudo, não podemos deixar de reflectir no contexto sócio-educacional actual do povo Angolano, um hiato enorme para com a riqueza do país.

Fast food!





As grandes cadeias de fast-food são provavelmente os estabelecimentos mais vistoriados e controlados pelas agências nacionais de saúde alimentar, argumento que muitos usam para justificar que o que lá se cozinha não é assim tão nocivo para o nosso organismo. Contudo até os mais cépticos ficarão curiosos de ver esta experiência realizada por um artista na Big Apple: um Happy Meal fotografado durante semanas! Após 137 dias (mais de 4 meses e meio),este estava praticamente igual! Indicativo da qualidade da mesma e da quantidade de conservantes e aromatizantes que terá para lá. De qualquer modo, combinei recentemente um lanche no Mac e como raramente lá vou, mesmo ao 137º dia a visão dá-me...fome!!





The Godfather - Remi Gaillard

Simples mas bastante eficaz. O Francês continua com o humor em grande plano!

Desemprego

Por falar em emigração, prevê-se que pelo menos 1/5 dos jovens esteja desempregado no próximo ano em Portugal.

Recibos verdes 2011

Quem tem a sua remuneração por recibos verdes verá este ano as contribuições para o Estado subir para 29,6% com o Orçamento de Estado de 2011. Assim milhares de pessoas que praticamente não têm regalias nem apoio social vão descontar mais para os que os têm.

Esta medida não tem sentido e apenas vai dificultar mais a vida a milhares de trabalhadores precários, reduzindo-lhes a qualidade de vida já por si baixa, e sendo mais um factor a incentivar a emigração.

Peles chinesas -3

É importante ter consciência e no mínimo passar a mensagem! Veja o vídeo e visite o respectivo site da PETA.



Relacionados: peles (Mobilizar, Whale Wars;caça à Baleia;peles chinesas 2; seal Hunt 09 - Mais uma vitória!; one more big step!; esperança; matança já começou;together we can move mountains;peles chinesas;focas- massacre anual canadiano,vivências de uma cria de foca;este post é bastante triste;compacto férias) e golfinhos.

Thursday, January 20, 2011

Loverman!

Burn Baby!Quero-te ;)**

"Ele voa.Percorre o mundo desde as estrelas às profundezas do mar. Move montanhas. Manipula o tempo.Pára,retarda,acelera-o. Passeia por todas as dimensões intrínsecas e extrínsecas ao Homem. Constrói e cria. Nunca desiste,por mais que caia e se destrua. Sangue de Fénix. Resiste. A sua fraqueza é uma das suas forças.E por muito que não atinja as suas aspirações, aquece sempre o meio que o rodeia.Anda por aí, nas sombras da noite e na claridade do dia!" - 2007.




Metallica - Loverman

There's a devil waiting outside your door (How much longer?)
There's a devil waiting outside your door (How much longer?)
And he's bucking and braying and pawing at the floor (How much longer?)
And he's howling with pain, crawling up the walls (How much longer?)
There's a devil waiting outside your door (How much longer?)
And he's weak with evil and broken by the world (How much longer?)
And he's shouting your name and asking for more (How much longer?)
There's a devil waiting outside your door (How much longer?)

Loverman! Since the world began
Forever, amen, till the end of time, yeah
Take off that dress, oh
I'm coming down, yeah
I'm your loverman, yeah
'cause I am what I am what I am what I am what I am

L is for LOVE, baby
O is for ONLY you that I do
V is for loving VIRTUALLY everything that you are
E is for loving almost EVERYTHING that you do
R is for RAPE me
M is for MURDER me
A is for ANSWERING all of my prayers
N is for KNOWING your loverman's going to be the answer to all of yours

Loverman! Till the bitter end
While the empires burn down
Forever and ever and ever, ever, amen
I'm your loverman
So help me, baby
So help me, baby
'cause I am what I am what I am what I am what I am
I'm your loverman

There's a devil crawling along your floor (How much longer?)
There's a devil crawling along your floor (How much longer?)
With a trembling heart, he's coming through your door (How much longer?)
With his straining sex in his jumping paw (How much longer?)
Ooh, there's a devil crawling along your floor (How much longer?)
And he's old and he's stupid and he's hungry and he's sore
And he's blind and he's lame and he's dirty and he's poor
Gimme more, gimme more, gimme more, gimme more, gimme more, gimme more (How much longer?)
There's a devil crawling along your floor

Loverman! Haha! And here I stand
Forever, amen
'cause I am what I am what I am what I am, hey
Forgive me, baby
My hands are tied
And I got no choice, no, no, no, no
I got no choice, no choice at all

I'll say it again
L is for LOVE, baby
O is for OH yes I do
V is for VIRTUE, so I ain't gonna hurt you
E is for EVEN if you want me to
R is for RENDER unto me, baby
M is for that which is MINE
A is for ANY old how, darling
and
N is for ANY old time

Loverman! Yeah, yeah, yeah! I got a masterplan, yeah
To take off your dress, yeah
And be your man, be your man, yeah
Seize the throne, haha
Seize the mantle
Seize that crown, yeah
'cause I am what I am what I am what I am, plus I am
I'm your loverman

There's a devil laying by your side (How much longer?)
There's a devil laying by your side (How much longer?)
My dink is asleep, take a look at his eye (How much longer?)
And he wants you, darling, to be his bride (How much longer?)
Yeah, there's a devil laying by your side (How much longer?)

Loverman! Loverman! Loverman!
I'll be your loverman!
Till the end of the time!
Till the empires burn down!
Forever, amen
I'll be your loverman
I'll be your loverman
I'm your loverman
I'm your loverman
Yeah, I'm your loverman
I'm your loverman
Loverman
I'm your loverman
I'm your loverman
I'm your loverman
Yeah, I'm your loverman
Yes, I'm your loverman
Loverman
Loverman
Loverman
Forever, amen
Loverman
(How much longer?)

Verdades!

Verdades sobre a recenta venda de dívida portuguesa:

1
"599 milhões a uma taxa melhor. 650 milhões a uma taxa PIOR.

“Uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade”, Goebbels"

In blog Blasfémias

2

"Anda tudo eufórico com o nosso super-poder de vender dívida a 10 anos à taxa de 6,7%, mas há uma coisa que eu não percebo no meio de todo este histerismo para inglês ver: se andamos a pagar um preço ruinoso pela nossa dívida, se na prática já estamos a fazer as “reformas” que seríamos obrigados a fazer caso o FMI nos emprestasse dinheiro, se o empréstimo do FMI seria feito a taxas mais baixas do que as que estamos a pagar actualmente, estamos a ganhar exactamente o quê ao não pedirmos ajuda?

Depois de levarmos com os custos da independência energética agora temos de também de pagar os custos da independência financeira? Isto tudo só para o Primeiro-Ministro se poder sentir muito satisfeito consigo próprio?"

In blog O Insurgente

"Sexy Priest"

Hoje deixo-vos um anúncio bastante original da Coca-Cola.

Deescalation

Relativamente às "Estratégias de Actuação a Doentes Susceptíveis de Apresentarem Alguma Perigosidade" recomendo a consulta da técnica de deescalation.

Ver o artigo "comunicação terapêutica com o doente com perturbações psiquiátricas".



Wednesday, January 19, 2011

Alvaro Santos Pereira -entrevista

Hoje deixo-vos uma excelente entrevista de Álvaro Santos Pereira (blog Desmitos, veiculado várias vezes em posts) sobre o verdadeiro estado da economia Portuguesa, respectivas soluções e interesses políticos. Uma análise à situação financeira do Portugal contemporâneo e das últimas épocas de democracia, assim como à situação e contexto europeu. Uma entrevista de visualização obrigatória!

Tuesday, January 18, 2011

Enfermeiras Paquistanesas??

Se esta notícia for para levar a sério como uma semelhante em 2010 aquando da visita de Hugo Chávez a S.Bento, então é óbvio que a sua importância objectiva é de descartar. Se, ao invés, se confirmar a mínima iniciativa em relação a qualquer entrada de enfermeiros estrangeiros em Portugal, será mais uma iniciativa que revela a loucura que já emergiu e monopolizou o governo e que certamente não escapará a duro confronto por parte dos enfermeiros nacionais. O desemprego em enfermagem é já bastante (ver aqui) estando o país a formar basicamente profissionais para o estrangeiro e, a manter-se o quadro actual e as políticas educacionais do estado, poderá atingir patamares gritantes num futuro a curto prazo.

Saturday, January 15, 2011

Sporting - 4 Ajax - 2

1ª mão da eliminatória com o Ajax em Alvalade da Taça Uefa 88/89.Realço os momentos Oceano (que saudades!) : 0:20 e 0:44!

Friday, January 14, 2011

O melhor!

Mourinho é oficialmente o melhor treinador do mundo, como se fosse preciso dar mais provas. Relativamente ao ano de 2010 a sua obra-prima é a Liga dos Campeões. E na minha opinião um dos feitos fantásticos da sua carreira. Afastou os dois mais fortes candidatos ao troféu (Barcelona e Chelsea), os três campeões das ligas mais competitivas e fortes da Europa e mostrou todo o seu génio em partidas como a de Camp Nou, em que inutilizou a melhor equipa de sempre culé até com menos um jogador. Como diria Gabriel Alves: "um espanto"!

Thursday, January 13, 2011

O novo "patriotismo"

Esta mania contemporânea - maioritariamente de esquerda- de definir o "patriotismo" como o negar que o estado está falido e negar a entrada do FMI com a perda da soberania nacional é das maiores hipocrisias que já vi! Continuar a enganar com vista aos interesses partidários, a manter terceiros na ignorância e a não informar correctamente é o princípio do agravar da catástrofe já iminente. Este jogo de palavras apenas levará a desemprego,fome, miséria e a uma catástrofe social com potencial de hipotecar pelo menos a próxima geração.

Se há um ano tínhamos um juro de dívida de 4% e não procurámos auxílio externo, hoje temos a quase 7%. Vamos esperar mais um ano?As contas do estado não são transparentes e auditadas, por isso estão piores do que é oficial, as medidas anti-crise governamentais sobrecarregaram o povo antes de cortar na maior despesa do estado- as instituições públicas que custam 81 mil milhões de Euros por ano e das quais muitas estão reféns do sistema partidário ou das políticas inerentes ao mesmo: 10 500 entidades das administrações central, local e regional, 1500 empresas públicas, cerca de 350 institutos e 1100 fundações e associações (!), segundo o DN -, a justiça não funciona, o governo está continuamente ligado a casos de corrupção e abuso de poder e por fim a educação está uma lástima, factura que pagaremos futuramente..portanto quando vejo Manueis Alegres e Compªs a definir patriotismo como a negação da falência, vejo o quanto é possível descer baixo na incompetência, hipocrisia e mentira.

Entretanto o governo brada de contente pelo sucesso da operação financeira de ontem que foi positiva, mas não refere que é apenas um paliativo ter menos umas décimas de défice e que o actual juro é totalmente insustentável. Nada mudou, está tudo igual. Portugal com estes Srs já saltou há muito tempo para o abismo, simplesmente estão a fazer tudo para a queda ser maior com vista a interesses pessoais e partidários, fora os muitos indivíduos ignorantes que acreditam mesmo nisso. É preferível haver intervenção estrangeira e apertarmos o cinto mais desde mais cedo,ficando com garantia de um futuro minimamente objectivo de recuperação e com uma limpeza geral das contas do estado e afastamento de uma parte do cancro social e político, do que cairmos ainda mais na miséria e colapso social só para termos cá intervenção estrangeira mais tarde, mas em condições e restrições muito mais duras por muito mais tempo. Por isso, ser patriota é ser competente,admitir os erros e ter a clarividência de apelidar a quem a tem, ao invés de usar a mentira e fomentar a ignorância no povo apenas como bandeira de campanha eleitoral ou de propaganda governamental.

Eu e os filhos que quero ter agradecíamos que a conduta pelo qual os “patriotas” da praça se regem reflectisse minimamente os ideais democráticos pelo qual sucessivamente bradam orgulhosos de seguirem, mas como nos últimos anos tiveram sempre a mesma atitude, não merecem qualquer benefício da dúvida. Aliás, o vigor que incutem no seu "patriotismo" é o sinal claro do que não deve ser feito devido ao seu histórico e interesses.