União Zoófila e Associação Zoófila Portuguesa


TORNE-SE SÓCIO; ADOPTE OU APADRINHE UM ANIMAL; FAÇA VOLUNTARIADO!ESCOLHA...UM PEQUENO GESTO FAZ TODA A DIFERENÇA!

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Ser Enfermeiro...

Eruntalon





E foi assim que apesar do novo golpe, em mais três passos e prestes a cair no chão Eruntalon alcançou a Aranel, largando o elmo da mão direita enquanto em grande esforço desferiu uma estocada esquerda descendente fraca com a espada do Nainie.

A opositora poderia ter evitado o confronto dando dois passos laterais mas o seu ódio mais uma vez toldou-lhe o raciocínio! Olhando de frente para o inimigo, elevou o braço direito em extensão bloqueando com a sua lança o fraco ataque do Ohtar! Um riso confiante ouviu-se. Mas algo lhe chamou a atenção! Com os seus olhos percepcionou um fluxo de energia que lhe havia passado despercebido para a região lateral da perna direita do guerreiro, que evidenciava um hematoma por arma perfurante, a qual não estava à vista exterior! O sorriso desvaneceu-se!Só tarde de mais a Aranel teve percepção do perigo! E não foi a tempo de o corrigir!

O guerreiro actuou mecanicamente do fundo da sua consciência “inconsciente”, desembainhando celeremente o punhal de Mirimon oferecido-lhe por Roccondil no alto da colina! A tão curta distância e com o impulso da queda do guerreiro, a lâmina da Drachenzahn perfurou a leve armadura e o abdómen da Aranel, penetrando nos abdominais médios e superiores e estilhaçando estômago e diafragma acompanhado do som oco ao embater no base inferior do esterno!

A Aranel, no seu reflexo de defesa, não conseguiu mais do que segurar a maior parte do peso de Eruntalon em cima de si, o qual também se apoiou momentaneamente na perna direita e no punhal. A sua cara pousou no ombro esquerdo da adversária.

A feiticeira sentiu uma dor aguda e fulminante que nunca havia sequer imaginado e a fez largar a lança! Incrédula, bolsou sangue vermelho vivo, que aumentou de intensidade ao tentar respirar. Engasgou-se com o fluido várias vezes seguidas enquanto não conseguiu abandonar a respiração diafragmática em prol da torácica.

A trompeta de Mirimon soou novamente pelo vale, mas não com força suficiente para a Aranel deixar de ouvir umas palavras que lhe foram ditas quase ao ouvido:

“ Hei-de arder sempre na tua fogueira…”

Eruntalon começou a deslizar para o chão.

“…mas será sempre sempre ...à minha maneira!”

E o Ohtar caiu no chão, sem antes cerrar o pulso na Drachenzahn, fazendo-a rodar com o seu peso de modo a provocar o dobro do estrago no ventre da Aranel.

A visão do guerreiro tornou-se cada vez mais turva e uma escuridão em túnel foi crescendo. Mas ainda lhe deu tempo de focar mais uma vez o sol poente…

E o Sol de Eruntalon apagou-se.


The higher we soar, the smaller we appear to those who cannot fly.
Nietzsche

Perguntei a um sábio a diferença que havia entre amor e amizade, ele disse-me essa verdade... o Amor é mais sensível, a Amizade mais segura. O Amor dá-nos asas, a Amizade o chão. No Amor há mais carinho, na Amizade compreensão. O Amor é plantado e com carinho cultivado, a Amizade vem faceira, e com troca de alegria e tristeza, torna-se uma grande e querida companheira. Mas quando o Amor é sincero ele vem com um grande amigo, e quando a Amizade é concreta, ela é cheia de amor e carinho. Quando se tem um amigo ou uma grande paixão, ambos sentimentos coexistem dentro do seu coração.
William Shakespeare



Em qualquer dia
A qualquer hora
Vou estoirar
P`ra sempre
Mas entretanto
Enquanto tu duras
Tu pões-me
Tão quente

Já sei que hei-de arder na tua fogueira
Mas será sempre sempre à minha maneira
E as forças que me empurram
E os murros que me esmurram
Só me farão lutar
À minha maneira

Por esta estrada
Por este caminho a noite
De sempre
De queda em queda
Passo a passo
Vou andando
P`ra frente

Já sei que hei-de arder na tua fogueira
Mas será sempre sempre à minha maneira
E as forças que me empurram
E os murros que me esmurram
Só me farão lutar
À minha maneira

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Eruntalon - XVI

Eruntalon encontrava-se de joelhos, apoiado no braço direito, tentando focar a sua inimiga durante os espasmos que lhe acometiam. Entre a sua visão que se encontrava cada vez mais turva viu a Aranel ler as folhas. De seguida a sua cara de ódio. Por fim, a sua obra a arder.

O guerreiro, naquele estado de turpor e inconsciência, terá visto naquele gesto uma ameaça de vida para quem amava? Ter-se-á recordado de todos os sacrifícios que havia tido? Ou o tempo que havia dado por e para exprimir aqueles sentimentos? Não o sei dizer! Apenas sei que tudo se passou muito rápido! Nesse exacto momento três coisas sucederam-se em cadeia.

Em primeiro lugar, uma corneta soou no vale! Todos os presentes olharam para o horizonte e viram entrar no vale - do lado em que o haviam feito - uma extensa linha de Ohtars! Não vos sei dizer se Eruntalon ouviu ou distinguiu a corneta de Mirimon! Penso que não, mas o resto tenho a certeza: apesar das lesões incapacitantes, Eruntalon protagonizou um milagre…sentiu algo dentro de si, desfez-se do torpor e uma palavra ressoou na sua mente: “substimaste-me”!

Inexplicavelmente ganhou forças, impulsionou os membros inferiores, levantou-se e começou a correr na direcção da Aranel. Só a focava, apesar de um Nainie e de Úra o separarem da feiticeira. Devido às lesões, a cada passo perdia o equilíbrio e a força, pelo que os 7 metros que a separavam da guerreira foram percorridos num desequilíbrio crescente. O inimigo foi apanhado de surpresa; todos haviam olhado para os Othars e apercebendo-se do barulho depararam com o que parecia ser uma miragem: Eruntalon levantara-se e corria!

A Aranel fitou-o com os seus olhos conspurcados de essência e viu o enorme fluxo de energia brilhante que se lhe havia gerado no coração, sendo transportado até grande parte das lesões do corpo, especialmente as pernas, permitindo-lhe mover-se uns metros. Apesar dos seus ataques cirúrgicos…como é que ainda se mexia?? A incompreensão fez a ira crescer…

Entretanto aconteceu o terceiro fenómeno e tudo se desenrolou em curtos e poucos segundos. Enquanto o cavaleiro seguia direito à inimiga, alcançou o primeiro Nainie que embora surpreso desferiu uma espadada. O comandante apenas viu a arma reluzir ao sol! Contudo o movimento foi interceptado por Heru! Este surgiu rapidamente e mordeu a mão que empunhava a arma, a qual foi largada no ar. Simultaneamente, e de modo completamente mecânico, o Ohtar desferiu um murro fraco mas eficaz com a esquerda, pegando na espada deficientemente com o mesmo membro devido à condição do pulso, enquanto levava o braço direito à cabeça.

A três passos estava Úra que foi mais lento a reagir mas tentou uma estocada. Não muito eficaz, pois Eruntalon retirou o elmo e desferiu-lhe a quina na cara, cegando-a e desfigurando-lhe o maxilar, enquanto a espada da opositora lhe fazia um corte na anca direita.




Victory - Toshiro Masuda

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Eruntalon - XV

Solidão…
De ti, de te rever
Tempo para remoer
Esta ausência bem sentida
Lentamente volvida
E que faz doer!
Em mim,
Dois pólos sem fim,
Coração e razão,
Encontram-se em conflito!
Normal atrito
Num romântico
E bem logrado
Apaixonado!
O cérebro trabalha,
A cabeça pensa
Com o seu cântico
O que é ofensa
Para o coração...
Lança dúvidas bem dúbias,
À minha reflexão
Dúvidas se o que tenho mantido
Tão fortemente a ti rendido
Alguma vez será correspondido!

Só faz a sua função
Tentar puxar a razão
Elucidar-me o coração,
Mas o que desconhece
É a sensação que me empurra
E contudo me esmurra:
O que por ti sinto
E que, de modo sucinto,
Te tento mostrar
E quem sabe encantar!
E só quando ela,
Sensação, coisa bela,
Forma um sentimento
Aí sim o reconhece!

E se não está convencido
Pouco importa…
Aliás, que me importa!
Já está vencido
Pela comporta
Que me bombeia a vida,
Ma faz viver
E sentindo, a perceber!

E que dizer
Quando longe estás
À frente ou atrás
Do que a minha vista alcança...
Ao contrário das fronteiras,
Limites e barreiras
Da minha querida esperança!
É quando pego num retrato teu
Não um qualquer,
Que mal te quer,
Um que é parte do meu mundo
Que considero com amor,
Sinceridade e furor
Máximo expoente
Para uma recordação
Tal sol nascente de uma nação!
Para mim, a tua foto de eleição…
É a perfeição
Um hino ao coração!

Pois basta nela pegar
E com calma visualizar:
Uma situação momentânea,
Um momento captado
E para mim encantado!
Quando a vejo
Que lindo beijo
É para minha alma
Tal combate a vivalma!
Lá presente,
À minha frente
Tu, com esse sorriso espontâneo
De simpatia irradiante,
Imagem de marca do teu semblante,
Que me faz bradar:
Um sorriso
ou quiçá riso…
Ao invés do ouro
São o tesouro!
Um agradável sorriso
Alegre e caloroso
Simples e amoroso
Constante e convidativo?
Chamamento imperativo!
E o agradável riso
Por vezes traquino?
Subscrevo graciosa verdade
(independentemente de amores):
“O sol é para as flores
O que o teu sorriso é para a Humanidade”!

E que dizer do teu olhar?
Doce luar!
Um lindo mar
Para me perder,
Antro de saudade
É a sua especialidade!
Infinito oceano, onde sou náufrago à deriva
Onde meu rumo é parco de iniciativa
Embalado pela maresia
Reconfortante fantasia
Nele vou a todo e lado algum
Sou como um dado
Somo todos os números menos o nenhum!
E quando contigo estou
Que bom, o vazio passou!
O teu olhar
Alegre, bondoso
Tão amistoso
Lindo de contemplar
Traz-me calma
E curiosamente arrebate-me a alma!
Mas ainda digo mais do teu olhar:
Calmo, cristalino
Qual pedaço de seda macio e fino!
Com aquele brilho característico,
Aquele fulgor místico!
Muito traduz
O que estás a sentir,
O qual é irradiado como luz:
Alegria, compaixão, bondade, ternura!
Banha-me a alma sem cura!
E às vezes chega um só olhar...
É tão claro que nem tens de o repetir!

E que dizer da tua expressão
Plena de emoção
Doce, especial
Única e magistral!

E o teu cabelo?
Lindíssimo, formoso novelo!
É dono de um aroma
Que o meu coração de amor assoma!

Estes dons,
Sorriso, riso, olhar,
Ímpares como os sons,
Do teu cerne é emanado
De tal maneira,
Tão fortemente
Que às vezes é a mais linda brincadeira
Apenas e somente
Que sejam interpretados e desbravados!
Logo que mais gostar?
Que mais amar?
A tua física beleza
Digna da mais bonita princesa?
Ou o teu mágico interior
Pelo qual também morro de amor?
A resposta face a estes dois campos,
É tão simples: ambos!

E a tua personalidade,
Capacidade de expressão e filosofia
de vida, é só magia!
É a mais alegre verdade!
Isto faz com que para te compreender
E de igual modo conhecer
Tantas vezes não se precise de palavras ou gestos!
Uma oferta para os mais lestos!
E qualquer tua palavra
Redigida ou vocalizada,
A incompreensão desbrava
Sendo sempre mais forte que a espada!

Apenas alguns aspectos referi
Esplendorosos, não me conti
Mas outro segredo tenho a contar
É que esta imagem
Tal revigorante aragem
É a paz para a minha guerra
Enterrando-a sob a terra:
É o que me une
Pois ordeiramente reúne
Alma, coração e razão
Parando a confusão!
É a ponte
E simultaneamente fonte
Que me faz sonhar e relembrar
As lindas histórias
Gravadas em mil memórias
Coisas lindas
Vividas, comentadas,
Já passadas
Mas nunca findas!
Sempre lembradas...
Inúmeros dias mágicos
Momentos nostálgicos!
E alguns deles já contei
Noutro poema que elaborei

E não resistindo novamente
Te dedico sinceramente
O que o meu coração proclama
E minha alma aclama:

Por vezes os tormentos
E o risco de maus momentos
Leva o Homem a recear,
Ao medo de Amar,
A temer naufragar!
Mas por Ti...
Tudo enfrento
Nada lamento
Sempre lutarei
E tudo empreenderei
Porque és a minha princesa
A maior realeza
Do meu coração
És a minha paixão!
E se algum dia disserem que te esqueci
Chora, pois nesse dia eu morri!

Poema ou flor
Transmitem amor, luz e cor
Para uma donzela bela, formosa
Ofereço esta simbólica rosa!

E finalizando,
Do principal assunto não me desviando
Metaforicamente bradando:
Apesar de ser baço
E um pequeno pedaço
Este retrato fino e de papel,
Para mim é como mel!
Pois longe de ti
É bem importante
É como adoçante
Para o meu dia-a-dia
Na solidão...é-me uma alegria!
*

Foto/retrato


A Aranel acabou de ler aquelas palavras e observou o retrato da mulher pintado no fim da folha, a qual não distava muito da sua fisionomia. Tudo lhe era mais claro agora. Mesmo tendo crescido num mundo diferente e mesmo no meio do seu ódio, teve um vislumbre do que era a força do amor e dos sacrifícios que podia implicar. Percebeu que era provavelmente a força mais forte do mundo e que levava seres insignificantes, feridos e em inferioridade numérica a ultrapassarem todas as suas potencialidades e a fazerem autênticos milagres por aqueles que amavam.

Pela primeira vez na vida, a feiticeira sentiu inveja pelo que descobrira ser a força de amar. Esse sentimento exponenciou-lhe ainda mais o ódio! E canalizou mais essência para as mãos, distribuindo-a por aquele rolo de folhas que irromperam em chamas...

*Autor: João Veloso





Antes Da Escuridão - Mafalda Veiga


São tantas batalhas, é tão funda a dor
São tantas imagens de abandono e desamores
Há gente caída no chão
Sem ninguém que os abrace, sem ninguém que os levasse
Antes da escuridão

Então desenho o teu corpo em mim
A forma da tua mão em mim
Pudesse ser essa a forma do mundo inteiro
Acordo só para te ver dormir, assim, em paz

São tantos os medos calados por dentro
Estilhaços de guerra sem luar nem vento
Cravados tão fundo no peito
Sem ninguém que os arranque, sem ninguém que estanque
O mal que foi feito

São tantos olhares de espanto vazios
E é tanto escuro e faz tanto frio
Há gente caída no chão
Sem ninguém que os abrace, sem ninguém que os
levasse
Antes da escuridão

Então desenho o teu corpo em mim
A forma da tua mão em mim
Pudesse ser essa a forma do mundo inteiro
Acordo só para te ver dormir, assim, em paz

Então desenho o teu corpo em mim
A forma da tua mão em mim
Assim, em paz!

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Eruntalon XIV

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Eruntalon XIII

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Eruntalon - XII

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Eruntalon - XI

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Eruntalon - X

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Eruntalon - IX

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Eruntalon - VIII

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Eruntalon - VII

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Eruntalon - VI

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Eruntalon - V

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Eruntalon - IV

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Eruntalon - III

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Eruntalon - II

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