Eruntalon conseguiu discernir os inimigos que se aproximavam entre a névoa que se havia tornado a sua visão, herança do choque e da reduzida volémia. E pela primeira vez…apeteceu-lhe desistir! Deixar-se sucumbir e morrer em paz!
O cavaleiro tinha dores que mal conseguia percepcionar. Estava esgotado. Não tinha forças. As fracturas debilitavam-no imenso, mal conseguindo respirar. Não tinha a sua espada. Queria desistir. Sim, estava farto...e iria em paz. Farto do que sempre deu à causa: tempo, anos de demanda; sacrifício, pelos mais simples e os mais complexos gestos, pela entrega; saúde; sonhos, quase todos os que tinha. E o que tinha ganho? Sofrimento era a palavra mais corrente, em que oferecia mais ao Outro do que alguma vez ganhara. As suas mãos cerraram-se na erva alta que o rodeava e o sangue que lhe corria da face ficou mais aguado. Mas o cavaleiro nem se apercebeu das lágrimas!
Sim, iria ser como a maior parte dos seus conterrâneos, que não sacrificam a alma, coração e um futuro mais pobre e conformista em prol de uma vida de esperança. Adjudica-se a esse direito!
Olhou em frente. O primeiro Nainie vinha ai, de espada em riste com vontade de ter os louros de ser a personagem que iria matar o “grande Ohtar”. Estava cada vez mais perto, só mais uns curtos momentos. E foi quando reparou. Ao seu lado estava deitado o estandarte vermelho dos Ohtars e a alguns metros o cadáver do cavalo e do porta estandarte. Eruntalon viu a cara dele manchada de sangue e lembrou-se do seu discurso no cimo da colina. Focou a bandeira e lembrou-se do que representava. Dos seus ideais. Da sua luta e da dos irmãos. Dos seus sacrifícios. Lembrou-se...de quem amava!
O cavaleiro tinha dores que mal conseguia percepcionar. Estava esgotado. Não tinha forças. As fracturas debilitavam-no imenso, mal conseguindo respirar. Não tinha a sua espada. Queria desistir. Sim, estava farto...e iria em paz. Farto do que sempre deu à causa: tempo, anos de demanda; sacrifício, pelos mais simples e os mais complexos gestos, pela entrega; saúde; sonhos, quase todos os que tinha. E o que tinha ganho? Sofrimento era a palavra mais corrente, em que oferecia mais ao Outro do que alguma vez ganhara. As suas mãos cerraram-se na erva alta que o rodeava e o sangue que lhe corria da face ficou mais aguado. Mas o cavaleiro nem se apercebeu das lágrimas!
Sim, iria ser como a maior parte dos seus conterrâneos, que não sacrificam a alma, coração e um futuro mais pobre e conformista em prol de uma vida de esperança. Adjudica-se a esse direito!
Olhou em frente. O primeiro Nainie vinha ai, de espada em riste com vontade de ter os louros de ser a personagem que iria matar o “grande Ohtar”. Estava cada vez mais perto, só mais uns curtos momentos. E foi quando reparou. Ao seu lado estava deitado o estandarte vermelho dos Ohtars e a alguns metros o cadáver do cavalo e do porta estandarte. Eruntalon viu a cara dele manchada de sangue e lembrou-se do seu discurso no cimo da colina. Focou a bandeira e lembrou-se do que representava. Dos seus ideais. Da sua luta e da dos irmãos. Dos seus sacrifícios. Lembrou-se...de quem amava!
Enclosure - Metal Gear Solid - Kazuki Muraoka
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