União Zoófila e Associação Zoófila Portuguesa


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Ser Enfermeiro...

Monday, December 17, 2007

Memórias



Gosto de ti como quem gosta do sábado,
Gosto de ti como quem abraça o fogo,
Gosto de ti como quem vence o espaço,
Como quem abre o regaço,
Como quem salta o vazio,
Um barco aporta no rio,
Um homem morre no esforço,
Sete colinas no dorso
E uma cidade p’ra mim.

Gosto de ti como quem mata o degredo,
Gosto de ti como quem finta o futuro,
Gosto de ti como quem diz não ter medo,
Como quem mente em segredo,
Como quem baila na estrada,
Vestido feito de nada,
As mãos fartas do corpo,
Um beijo louco no porto
E uma cidade p’ra ti.

Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.

Gosto de ti como uma estrela no dia,
Gosto de ti quando uma nuvem começa,
Gosto de ti quando o teu corpo pedia,
Quando nas mãos me ardia,
Como silêncio na guerra,
Beijos de luz e de terra,
E num passado imperfeito,
Um fogo farto no peito
E um mundo longe de nós.

Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.

Hoje ouvi uma música que já não ouvia há largo tempo! Recordei a primeira vez que a ouvi. Foi em directo. E alguém o fazia também, mas muito mais perto da fonte que a gerava. Foi mais um daqueles momentos em que pensei na alegria de viver e naquele tipo de emoção semelhante a quanto abraçamos com muita ternura quem muito gostamos. E para variar transformei isso numa partilha. Apenas mais uma. Transmiti este momento (ou tentei fazê-lo) a alguém que me é muito especial, desejando-lhe mais uma vez um grande futuro. Referi “o desejo” outra vez. Como tantas vezes, e ao invés da letra, não pensei em mim mas só nessa pessoa. Penso que a natureza das minhas partilhas caracterizam-me muito. Foram muitas ao longo destes tempos. Fiz coisas que nunca pensei, quebrei barreiras, partilhei e criei de forma(s) que me são únicas. O pior é quando isso cai na banalidade. Quando só a diminuição ou o fim da partilha é sentido pelo Outro. Este outrora momento de partilha, assim como outros semelhantes, só devem ser relembrados quando os menciono. Outros já estarão porventura no esquecimento. Só os mais fortes talvez não estarão. Mas nem sempre os mais pequenos e menos vistosos são menos especiais. O gostar do Outro cabe nas multidões e nos pequenos gestos. Nestes, muitas vezes cabe tudo o que somos, são um resumo, o reflexo quase perfeito do que somos. Mas também nem sempre os momentos mais vistosos e fortes são os que originam uma maior resposta do Outro. Aqueles que nos levam a planear, alterar rotinas, pensar, voar, inventar, correr contra o tempo e contra a razão, o cansaço, as responsabilidades e muito mais. Tudo para transmitir aquela magia e subjectivamente a Pessoa que somos a alguém especial. Não há nada que descreva a beleza de iluminar o jardim de alguém, quer o queiramos só ver ou quer o queiramos visitar. E quando nos iluminam também, há a magia e a cumplicidade da partilha! Encontramos em nós uma das maiores satisfações da vida, mais uma das forças que existem e nos impulsionam para a experiência, descobertas, para a vida! Pois cada um de nós não vive sem interacção. E como tudo é dinâmico e por vezes cínico, a normalidade tantas vezes nos destina o facto de apenas nós ficarmos a iluminar alguém. Sozinhos. Perde-se muita magia. Acontece a todos, em várias esferas inerentes ao ser Humano, desde as mais simples às mais complexas. E naturalmente custa quando a damos muito valor à natureza da relação em foco. O modo como iluminamos, vivemos e partilhamos dita não só a nossa maneira de ser e estar durante a vida, assim como a reacção às perdas ou às ausências do que nos é especial. O que vivo quando só eu passo a iluminar é algo triste, como certamente o é para tanta gente. A intensidade, só eu o sei. Uns terão uma ideia, talvez certa, outros errada. Chega sempre a altura em que alimentar aquela chama queima-nos tão fortemente que a apagamos. Porque embora tenhamos tanta lenha para atiçar, sabemos que não fará sentido porque só irá iluminar o vazio. E por vezes o Tempo é testemunha de toda a força da chama, tamanha a demora em apagar-se.
As partilhas, desprovidas de magia, são em geral as margens do nosso cerne mas não o caudal do rio. Mas cheias e secas fazem parte da vida. Nunca me arrependi de admirar o rio que conheço, que banha e banhou tantos jardins. Tenho bastante orgulho no que as suas águas levaram a florescer em tanto lado. Talvez um dia destes corram novamente com algo de diferente porque há tanto a banhar. Outra vez o ciclo sem fim.

1 comment:

Anonymous said...

man os ciclos servem pa ser quebrados! lembra t q quebras t ja algumas coisas, e consegues ultrapassar td! the show must go on! melhores dias hao d vir...

akls em q voltaremos a reinar! o temp urge, e as pessoas precisam de outras como tu!

akl abrç ma bro.!