União Zoófila e Associação Zoófila Portuguesa


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Ser Enfermeiro...

Friday, December 7, 2007

A Rosa

Era uma vez um menino que adorava o seu jardim. Gostava muito dele e conhecia-o bem. Quando o queria ver, lhe apetecia, ia às traseiras da sua moradia.Ou estando em qualquer outro lugar do mundo fechava os olhos e lá deambulava no seu jardim. Ele adorava-o. Tinha lá tanta coisa bonita. Muitas flores e árvores. Mas havia uma zona onde só tinha lenha e troncos acumulados. Um grande entulho directamente sobre a terra onde não crescia nada. Quem passava ao pé do jardim, olhava de frente aquele aglomerado de madeira mas não via toda a sua dimensão, a parte de trás, onde este acabava. Só o menino sabia mas não dizia a ninguém. Não lhe interessava dizer. Mas o menino nunca desistia. Não tinha força para remover os troncos, mas não se importava com a sua presença. Sempre cresceu com eles, via-os como uma coisa natural. E o menino achava que se houvesse vida ali, isso atrairia mais seres vivos e aquele lugar inóspito até à data poderia tornar-se no mais rico e variado do seu jardim, já que o solo ali, devido ao longo pousio, era rico em nutrientes. E o menino já há muito tempo havia começado a tentar ali plantar flores. primeiro veio uma rosa. Murchou. Outra a seguir. Idem. Outra ainda mais tarde. Mas acontecia sempre o mesmo. O menino punha todo o seu amor, crença, felicidade, tempo e vontade de viver na flor que nascia. E dedicava-a sempre a alguém porque gostava de partilhar o que de bom tinha na vida. E as pessoas gostavam de muito de a receber!Pelo menos diziam-no. Nunca faziam era a ideia do tempo que demorava a crescer e da atenção que precisava. O que o menino dava com toda a sua alegria. Tantas palavras, outras flores,poesia,música,surpresas, o toque,carinho. Ela tudo sorvia enquanto se desenvolvia!

Mas a flor chegava um ponto em que não crescia mais. A pessoa que outrora a admirava deixava de lhe falar, regar, alimentar-lhe a “alma”. Por múltiplas razões: ou já não passavam por aquele jardim; ou tinham outros para deambular ou o seu próprio jardim; ou preferiam outras flores. E o menino aí esforçava-se ainda mais por manter aquele ser vivo brilhante e lindo. Até que passado muito o tempo o Sol, astro simpático, perguntou ao menino: "porque é que ainda a alimentas? Sabes que não aguentarás esse esforço e que não terás sucesso em vê-la continuar a crescer. Ela cresceu contigo e brilhava e irradiava vida quando era partilhada e alimentada por duas pessoas. Mas agora perdeu um dos sentidos para a sua existência. Ficará cada vez menos brilhante e tu cada vez te esforçarás mais para a recuperar. E as abelhas que vivem no teu jardim vêem que está a perder o brilho e que não vale a pena gastarem tempo e energia a visitá-la. Logo não germinarão mais flores como tu pretendes. Porque é que não segues muitos outros meninos como tu conheces e desistes? Ou simplesmente não dás menos atenção em viver com tanta partilha? Ou queima a lenha que logo será mais fácil aí tudo crescer". O menino respondeu-lhe: "porque é a minha Natureza. É simplesmente ser crente, querer muito e gostar de criar e oferecer. De ajudar e alimentar algo que nos dá sentido à vida. Algo que possa sentir e viver de verdade. Efectivamente é mais fácil beber com os olhos do que realizar. É mais fácil receber e destruir. Mas isso é subjacente à vida e à derrota. Não é ser ingénuo. É ser forte, optar pelo caminho mais intenso e desgastante, mas também o mais mágico, onde se VIVE. Dos fracos não reza a história. E é sem dúvida o tempo que perdi com cada uma das rosas que as fez tão importantes.” E o Sol compreendeu. Nos longos tempos que se seguiram viu os esforços infrutíferos do menino. Até que aos poucos, com pena do rapaz, ele próprio foi deixando de dar luz à rosa, para evitar que aquela triste situação de se prolongar ainda mais. E o menino percebeu isso. Mas não disse nada ao Sol. Até que numa cinzenta manhã, aquele ser que podia ter sido um clímax de um jardim murchou e morreu.

Não vos sei dizer a verdadeira reacção do menino naquele dia. Ficou de pé muito tempo ao ver o quadro com que se deparou e que já sabia que iria chegar. Não vos sei dizer se deitou uma, duas, ou muitas lágrimas. Ou seria da chuva que caía forte? De onde o observava, não descortinava. Não sei se respirou fundo, cansado daquele triste e pesado Fado. Mas ouvi o menino dizer baixinho para com ele : "memórias de Ti". Não sei se pensava nas memórias da flor e de tudo o que lhe estava subjacente. Mas de igual modo ouvi o menino bradar ao Sol, que nesse dia descansava escondido atrás das nuvens cinzentas: “Sol, querido amigo, não te esqueças que por cada rosa que aqui jaz aumenta a riqueza deste pedaço de terra. Chegará um dia em que tu próprio farás fila e roubarás tempo à noite e à tua irmã celeste para saciares com a tua luz o que aqui irá nascer, tamanho será o seu brilho, magia e força!”. E o menino voltou para casa, pensando no que iria fazer, brincar e Viver no mundo que o esperava quando a chuva parasse. Talvez num futuro próximo alguém lhe oferecesse mais uma semente de roseira...

1 comment:

Anonymous said...

O teu texto está gigante! gigante como tu! espero que o menino da historia continue sempre a plantar a lutar pelas suas flores, por akilo em que acredita e sente! espero que um dia a flor cresça, enraize-se e nunca mais murcha! esse menino tem um coração de ouro! tal como tu ma man!

grande abrç!

brindemos os dois a melhores dias!
Á nossa...