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Wednesday, November 3, 2010

Hábitos aditivos- Internet e videojogos

Hábitos aditivos em Internet e videojogos, uma realidade cada vez mais presente na nossa sociedade. A adição é francamente visível em amigos e muitas vezes em nós próprios, o que nos leva a questionar e a reflectir que educação teremos de dar aos nossos filhos, já que estes irão crescer num mundo tecnológico habitacional desde a infância numa perspectiva muito superior à nossa.

Se cada um de nós teve o primeiro telemóvel na adolescência, um jogo de consola arcaico no final da infância ou internet quase quando era maior de idade, ainda antes do boom da globalização da internet e das redes sociais, imaginemos uma criança de 3 anos com telemóvel, consola, computador e televisão à mão. É uma situação difícil de gerir e para os quais os pais deverão estar atentos, já que a dependência televisiva e o uso da mesma como babysitter é um fenómeno nocivo e já muito estudado . Estas tecnologias, quando implementadas cedo demais têm grande potencial nocivo no desenvolvimento psicossocial e comportamental das crianças, razão até pelo qual a intenção de massificar o computador Magalhães no ensino primário é um disparate e um sério risco (além de ser um processo já associado crimes de favorecimento como vimos nos media).


Quanto à dependência da internet, videojogos e novas tecnologias, é problemática já nas gerações contemporâneas. Não é muito difícil uma pessoa desenvolver hábitos aditivos nesta área já que o PC tornou-se um instrumento de trabalho primário e indispensável. Por outro lado os videojogos aumentam a sua perfeição, proporcionando que o jogador fique imbuído numa realidade fantasiosa e que permite a vivência de sensações de uma leque inimaginável e praticamente infinito.

O mecanismo de viciação é semelhante em parte ao do álcool, drogas ou ao do vício no jogo: as alterações dos neurotransmissores como a dopamina e a obtenção do prazer. O problema é que causa síndrome de abstinência como qualquer destes vícios, alterações do humor com episódios depressivos ou de euforia e prejudica a vida pessoal, familiar, profissional, afectando toda a socialização da pessoa (comportamentos deste tipo (v) são mais frequentes em miúdos e graúdos do que se pensa). Pode inclusivamente levar a patologias psiquiátricas graves em certos contextos, razão pela qual o contacto em massa com estas tecnologias é cada vez mais grave quanto mais precocemente possível.

É mais fácil uma pessoa tornar-se dependente quando tem mecanismos de coping fragilizados e a área profissional estiver relacionada com os mesmos ou o uso destes, mas a área da internet e dos videojogos pela sua expansão recente é ainda pouco conhecido pela população em geral, por vezes até descriminada face aos jogo, álcool e drogas. Conheço bastante gente refém deste vício e faz falta em Portugal ainda a existência de um programa clínico especificamente destinado a este tipo de utentes, já que é uma situação que causa enorme sofrimento e afecta todas as esferas da vida de uma pessoa, podendo ainda originar uma situação familiar explosiva e degradante.

Foquei-me pouco na dependência de outras tecnologias como os telemóveis já que é um fenómeno mais raro, contudo tem vindo a a crescer o número de pessoas que compram compulsivamente gadgets de última geração, endividando-se com recurso aos créditos fáceis disponíveis na Cofidis, qualquer instituição semelhante ou nos grandes grupos comerciais de gadgets.



Recordo que quando me encontrava no 3º ano do curso um colega meu Suíço * a ter aulas comigo por Erasmus já se encontrava a fazer a monografia na dependência dos videojogos. Contudo, em Lisboa não encontrou qualquer artigo de investigação (fora os das bases de dados internacionais que tinha acesso na Suíça) sobre esta temática.

Espero sinceramente que a intervenção em saúde mental nesta área melhore significativamente nos próximos anos pois em breve será um problema de saúde pública mundial. Para já, EUA, e alguns países Europeus e do Sudeste Asiático lideram a linha da frente na intervenção a estes utentes.

* a título de curiosidade, a Suíça possui programas clínicos (incluído internamento) para pessoas viciadas em chocolate, pelas razões chocólatras sobejamente conhecidas.

Todos conhecemos casos extremos como o Coreano que faleceu após 50 horas de jogo ininterrupto, assim como outras situações um pouco menos extremas noticiadas pelos media. Contudo, estar mais de 8.h a jogar ou na internet compulsivamente é já uma realidade frequente nesta geração associados a perturbações comportamentais. Muita gente ficaria surpreendido se soubesse os estudantes do instituto Superior Técnico (assim como de outras áreas profissionais e locais de ensino) que têm acompanhamento psicológico, psiquiátrico e terapêutica prescrita pelo problema aqui focado (falo a título de conhecimento próprio).

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