Repito, novamente, que também existe muita gente equivocada e que não compreende que todos NÓS EXERCEMOS POLÍTICA no momento em que criticamos as opções tomadas, quando apresentamos soluções e opções alternativas, ou nos momentos em que decidimos intervir activamente para as concretizar. Política é o EXERCÍCIO DE OPÇÕES para o alcance do BEM GERAL DAS COMUNIDADES e das sociedades. Todos NÓS SOMOS POLÍTICOS e todos nós SOMOS RESPONSÁVEIS. Responsáveis? Sim, responsáveis. Uns são-no porque a exercem mal e contra os princípios morais da comunidade que representam e outros, porque não acusam ou denunciam os casos de corrupção que conhecem. Fazer ou pactuar com o mal confunde-se. E a conjuntura actual vai muito além dos políticos que nos representam. E mais do que eles, é o regime actual que devemos combater. Sobre isto, Jorge Sampaio ontem proferiu:
"A insustentável acumulação da dívida externa, privada e pública, o insuficiente desempenho da economia, o aumento do desemprego, a estagnação e mesmo diminuição do nível de vida dos portugueses, com cerca de 18% da população em risco de pobreza e grandes desigualdades de rendimento, fazem com que Portugal - permitam-me a expressão - esteja em apuros.”
Eu pergunto, o que é o Sr. Jorge Sampaio fez durante dois mandatos, para evitar que Portugal continuasse a mergulhar na situação que tão eloquentemente explicita? E porque será que só após o final das carreiras políticas é que determinados indivíduos se tornam nos donos da palavra? Quer-me parecer que jogar cartas não é digno de qualquer reformado. Por outro lado, apraz-me ouvir certos intervenientes políticos que ainda aparentam manter um certo nível de lucidez, como é o caso de Rui Rio através das suas já conhecidas e repetidas declarações:
"Isto é de tal maneira grave que uma simples troca de Governo não é suficiente". "Se houvesse eleições antecipadas, isso não significaria uma mudança de regime, mas uma mudança de Governo". "Sem reformas profundas e rupturas em alguns sectores, o regime vai mesmo à falência".
De facto, por muito descontentes que estejamos com o actual regime, a suposta mudança terá inequivocamente de ser feita com os actuais partidos e os seus elementos políticos. A haver, no limite, um golpe de estado, como parece estar a acontecer por todo o médio oriente, a transição seria fatal, caindo o poder em mãos militares, em novos sistemas ditatoriais ou recorrendo a governos de transição, que apenas agravariam o estado decadente do país e atrasariam ainda mais o nosso desenvolvimento, com todos os seus efeitos nefastos. O que precisamos é de ideias frescas, atitude e acção. Que as pessoas se descolem dos sofás e se mexam. Que se cansem das conversas de café, que criem alternativas e incutam nos outros esta necessidade de movimento cívico. Mexam-se! Não esperem que alguém vos solucione os problemas. O nosso maior problema é cultural e começa em casa! Ensinar e transmitir que, para evoluirmos devemos ser tão corruptos como os outros, está errado e só aumenta o foço onde nos deitamos todos os dias! Precisamos de ser mais solidários com todos, de PENSAR GLOBAL e AGIR GLOBAL! Basta! Todos NÓS SOMOS RESPONSÁVEIS! Este É O MOMENTO!Carlos Vieira, Cidadão "
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