União Zoófila e Associação Zoófila Portuguesa


TORNE-SE SÓCIO; ADOPTE OU APADRINHE UM ANIMAL; FAÇA VOLUNTARIADO!ESCOLHA...UM PEQUENO GESTO FAZ TODA A DIFERENÇA!

Vancouver Olympic Shame: Learn more. Por favor AJUDE a cessar este massacre infame! Please HELP stopping this nounsense slaughter! SIGN

http://www.kintera.org/c.nvI0IgN0JwE/b.2610611/k.CB6C/Save_the_Seals_Take_Action_to_End_the_Seal_Hunt/siteapps/advocacy/ActionItem.aspx

http://getactive.peta.org/campaign/seal_hunt_09?c=posecaal09&source=poshecal09

Ser Enfermeiro...

Thursday, March 19, 2009

Eruntalon - VIII

Eruntalon conseguiu recuperar e só a muito custo se conseguiu por de pé. Tinha o braço esquerdo deslocado e o escudo era pesado. As dores eram insuportáveis. Pela primeira vez caiu de joelhos, cedendo ao cansaço, apoiando-se no braço direito. Foi alcançado e auxiliado a levantar-se por Roccondil. Este encontrava-se agora com o membro superior ferido completamente inutilizado, um forte hematoma na face e um golpe fundo na perna direita, onde efectuara um torniquete e de momento mancava.

Trocaram palavras de frustração perante a tentativa frustrada de ferir a Aranel. Olharam em redor, o inimigo havia sido aniquilado. Mas faltava o último grupo, mais cem. E um dragão e respectiva mestre!

“ Nunca pensei que fôssemos tão longe caro Eruntalon”- disse Roccondil.

O visado respondeu, cuspindo sangue: “Parece que agora és tu o pessimista! Restamos vinte...mas demos-lhes uma lição!”.

- “Ah! Sabes sempre como me motivar, tenho que aproveitar para rir enquanto as dores o permitem. Assim como o tempo... os últimos Nainies não demorarão a alcançar-nos!

- “São 100 e somos 20.... eu sei que o Mirimon e o Ondo fariam, sei o que quero fazer, mas depende de vocês e da saída do vale ali ao fundo...”

“ Não venhas com sentimentalismos” referiu Roccondil. "Sabes porque todos nós lutamos e o que fazemos pelos ideais e pessoas que amamos”.

Com um brilho nos olhos Eruntalon virou-se para os restante grupo e gritou :“Atar alcar??

Atar alcar!” ouviu de volta.

Com um sorriso na cara, o comandante bradou: “ 5 minutos então!”.

Nem haveria tempo de enterrar os amigos. Aquele seria o curto espaço de tempo que restava a cada um daqueles vinte bravos guerreiros para ganharem forças ou simplesmente recordarem tudo aquilo que valorizavam na vida, antes de enfrentarem o seu Fado. O capitão sentou-se no chão, perto de Eruntalon. Fechou os olhos, parecendo começar a orar. Outros começaram a lavar as feridas ou a beber água. Dois enterravam os seus objectos mais pessoais para evitarem serem conspurcados pelos vis Nanies.

O comandante começou por assobiar. Repetiu a a acção. Por detrás de carcaças de cavalos e cadáveres de amigos e inimigos surgiu Heru. Já começava a temer o pior, pois havia-lhe perdido o rasto no meio do fumo. Como sempre, o canídeo foi efusivo no reencontro com o dono.

“O pequeno salvou-me a vida duas vezes” – ouviu Roccondil exclamar. “Na primeira mordeu a criatura que me ia empalar pelas costas; da segunda importunou o arqueiro que me tinha escolhido como alvo! Vou ter saudades da alegria dele”.

“Eu também caro amigo...gostava que não viesses comigo mas não tenho escolha não é? És teimoso...” referiu Eruntalon.

Heru pareceu entender conforme ladrou e abanou a cauda.

O minuto seguinte foi dedicado pelo comandante a agradecer a Lomion. Já sabia que por mais que o enxotasse, o nobre cavalo iria atrás dele. Eram espertos e tinham igualmente percepção do que se passava. O Ohtar retirou do dorso do animal um cantil e bebeu água. Devido às lesões na boca, parecia estar a engolir apenas sangue, mas pelo menos era algo fresco. Saciado e com custo elevou o cantil e despejou grande parte do que restava pela cara e para dentro da armadura, nas zonas onde se havia queimado com mais intensidade. A barba molhada costumava fazer-lhe cócegas, mas só sentia dores. O resto do conteúdo do recipiente deitou no interior do seu elmo para Heru beber.

Por fim Eruntalon sentou-se com grande esforço. Por um orifício que tinha na cintura colocou a mão dentro da armadura e apalpou um dos seus bolsos. Retirou uma pequena bolsa de couro e abriu-a. Lá dentro estavam várias folhas manuscritas, o resto de uma rosa e um pequeno utensílio de escrita. O Othar retirou este último e releu pela última vez o que estava nas folhas: um poema que culminava com o retrato de alguém que lhe era muito querido. De seguida olhou para o céu…

Devido ao vento que se começou a sentir mas principalmente às incursões da Aranel, o fumo havia-se dissipado em muitos locais da extremidade do vale e as próprias nuvens cinzentas tiveram abertas, por onde agora passavam raios de sol. Aquele sopé da colina foi então banhado por este astro, aquecendo os cavaleiros e dando-lhe uma pequena sensação de alívio após horas e horas de intensos combates à chuva. Eruntalon mirou o sol e o céu azul. Lá ao fundo nos picos da montanha ainda cerrados de neve, descortinou águias que voavam. Um quadro banal mas que para aquele homem foi visto como das coisas mais bonitas que já tinha presenciado.

As dores intensas remeteram-no forçadamente para a dura realidade e o comandante oscilou. A visão desfocou-se momentaneamente. Estaria a chegar ao limite da sua resistência. Mas tudo o que recordou naquele momento aqueceu-lhe novamente o corpo e lembrando-se de quem amava acrescentou mais dois versos…os últimos:

“Para o meu dia-a-dia

Na solidão...é me uma alegria!”

De seguida, e vendo os seus companheiros a montar, deu-se conta que não poderia demorar, pelo que guardou novamente tudo na sua bolsa de couro, que remeteu ao local de origem. Ordenou a Heru que saltasse para um saco de couro grande que iria levar no dorso de Lomion, de modo a puderem ter uma última incursão gloriosa. E enquanto se dirigia com os seus irmãos de armas para cima do morro, retirou uma corda do alforge do seu cavalo. Era fina mas resistente. Cortou então uma porção que não teria mais do que 30 cm e posteriormente fez dois laços em cada extremidade. Por fim guardou o material, ciente de que ainda poderia ser útil. E Olhou uma última vez para trás, onde jaziam os seus guerreiros. Respirou fundo… à sua frente o topo do cabeço estava próximo!





What Wonderful World - Louis Armstrong

I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself what a wonderful world.

I see skies of blue and clouds of white
The bright blessed day, the dark sacred night
And I think to myself what a wonderful world.

The colors of the rainbow so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shaking hands saying how do you do
They're really saying I love you.

I hear babies crying, I watch them grow
They'll learn much more than I'll never know
And I think to myself what a wonderful world
Yes I think to myself what a wonderful world.

No comments: