União Zoófila e Associação Zoófila Portuguesa


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Ser Enfermeiro...

Sunday, March 22, 2009

Eruntalon - XI

Uma seta vermelha foi impelida a grande velocidade, passando por cima de inúmeros elmos. Entre uma estocada, Eruntalon ouviu um grito conhecido e viu a aproximação do curioso projecto e da morte que o rondava. Não teve tempo para reagir. Piscou os olhos como reflexo, mirando a seta enquanto sentia o coração. De repente viu uma sombra passar-lhe à frente. No segundo seguinte, só viu ar! Olhando para o lado e viu o terceiro Ohtar cair da montada com o projéctil perfurando-lhe um pulmão. Percebeu o sacrifício enquanto Roccondil matava o Nainie que o ia atacar pelas costas, arrancando de seguida o punhal da coxa com um asgar de sofrimento. Entretanto o grito de frustração de Úra fez-se ouvir. Despertando para a dura realidade, viu mais 10 opositores que se aproximavam dos dois cavalos. Virando a cara para o amigo disse-lhe:

- A Aranel...ao meu sinal!


O companheiro respondeu-lhe com um grunhido sofrido, o mais parecido com uma expressão afirmativa que conseguiu reproduzir naquele momento. Os cavaleiros colocaram-se em posição de defesa, cessando depois os seus movimentos. Deitavam suor e sangue pelas extremidades dos membros e as armaduras outrora prateadas eram agora da cor de grande parte do vale: vermelhas.

A Aranel, desfrutando do espectáculo, e vendo a horda que se iria abater sobre os últimos dois sobreviventes, temeu não ter tempo lhes dar o golpe final, pelo que se elevou-se no ar e dirigiu-se para a contenda.

Os Nainies alcançaram Eruntalon em poucos segundos, motivados para invariável vitória. O Ohtar e Roccondil esperaram até ao último instante para atacarem. Pressionando os estribos contra a anca das respectivas montadas, Lomion e o congénere berbere deram coices à retaguarda enquanto giravam sobre si. Simultaneamente, Eruntalon e Roccondil usaram da confusão e da surpresa para bloquear os ataques. Eruntalon utilizou o escudo para desviar duas espadas e manobrando a sua arma foi desferindo golpes ascendentes e descendentes, alternados com estocadas. Face à velocidade dos movimentos do comandante, proximidade crescente do dragão e à reacção da essência, as palavras gravadas na sua lâmina intensificaram o brilho, reluzindo ainda mais ao sol e deixando um rasto dourado no ar lembrando chamas. Os inimigos, tomados de surpresa por tal impulso assassino, assustaram-me perante tal quadro: no meio do turbilhão de Nainies, Eruntalon afigurar-se-lhes-ia o génio do extermínio, cavalgando um corcel de asas de fogo!

O comandante retirou a lâmina do pescoço do último Nainie daquele grupo, sendo banhado de fluidos que espirraram da jugular com um som “húmido”. Olhando em redor viu a reacção do inimigo, que diminuiu a velocidade a que se dirigiam. Em pouco tempo teriam 50 Nainies acima deles. Eruntalon viu então a sua hipótese e gritando a Roccondil girou Lomion e cavalgou na direcção da Aranel. Perseguidos por todo o inimigo, só tinham agora na frente 3 soldados.

Os irmãos de armas usaram da sua experiência o que lhes permitiu desviarem-se dos ataques dos opositores. Um caiu cortado por Eruntalon, outro foi ferido por Roccondil mas o último feriu Lomion na coxa direita. O garanhão começou a perder velocidade, o que era problemático pois agora haviam ultrapassado as 2 linhas de Nainies! À sua frente, tinham o vale todo e o dragão que se aproximava perigosamente! A Aranel vendo a última jogada dos cavaleiros e sabendo do estado da sua montada decidiu resolver o assunto de vez. Ordenou uma descida rápida do dragão, começando a acumular toda a essência que ainda sentia no seu interior para a sua montada. Esta guinou quase repentinamente. Apesar da asa ferida, sabia bem usar as suas toneladas de peso para o efeito.

Entretanto Eruntalon seguia na dianteira, com o seu amigo na retaguarda. Sem virar a cabeça gritou-lhe o mais alto que conseguiu:

- Formação horizontal, já!

Simultaneamente, retirou do alforge da sela o seu bocado de corda. Em três segundos, enfiou o braço direito num laço e a espada noutra, puxando os respectivos nós. Estes ficaram bem apertados na arma e na protecção metálica do braço direito. Sabia que aquilo poderia ser o seu segundo trunfo do dia. Entretanto, durante aquele processo, o companheiro, apesar de bastante ferido ainda conseguiu reagir rápido colocando-se ao lado de Lomion. Sabia que a única maneira de sobreviverem à investida era desviarem-se para lados opostos.

Entretanto o dragão chegou à fase final da descida e a Aranel acabou de canalizar a essência. A besta recebeu-a directamente no coração, mobilizando-a instantaneamente: formou uma rajada de fogo enquanto se abatia sobre os cavaleiros.

Provavelmente devido ao cansaço, os cavaleiros não tiveram tempo de reagir mais rapidamente, mas ambos conseguiram evitar o cerne do ataque, desviando-se para a esquerda e direita. Muito deveram à qualidade dos cavalos. Contudo, foram atingidos pelas chamas. Eruntalon conseguiu aparar o embate com grande parte do escudo, sendo no entanto cuspido de Lomion, que caiu no chão ferido com queimaduras. O Ohtar estatelou-se no chão com a parte exterior da armadura em brasa e a pele a ser queimada na zona lateral, a mais exposta. O escudo estava meio derretido mas tinha feito a sua função. Miraculosamente não partiu ossos já que aterrou numa zona com ervas bastante altas. A dor da pele era forte mas o que viu fê-la esquecer: Roccondil jazia a vários metros de si, com a armadura derretida e a fumegar. Cheirou-lhe a carne queimada! O capitão havia recebido com uma maior intensidade de chamas e a rapidez que imprimiu ao seu escudo não havia sido suficiente. Ou o escudo não aguentara, já que estava completamente derretido. O berbere arrastava-se pelo chão nos últimos sopros de vida, lutando contra o fado que inegavelmente lhe estava destinado.

Eruntalon deitou lágrimas pelo seu amigo e a sua dor cresceu! Dos grandes companheiros de armas só lhe restava o ausente Mirimon. Num esforço quase sobrenatural, Eruntalon olhou para trás. Lomion estava vivo mas bastante ferido e não o poderia ajudar. Heru estaria no saco que agora estava aberto, mas estaria vivo? Ao fundo, a horda de soldados aproximavam-se perigosamente. E olhando para o céu, viu novamente a besta. A Aranel, de lança estendida, rejubilou com o resultado do ataque e apesar de já não ter essência suficiente para transmitir à montada, sentiu a vitória perto! Ordenou novo ataque. Mestre e Dragão urraram na expectativa de sentirem aquele pequeno ser ferido e indefeso desmembrado pelas garras da besta.

Eruntalon só teve tempo de se levantar e pegar na espada que não voara graças à corda que embora parcialmente ardida, não cedera. No entanto já não pensava, estas acções foram alimentadas apenas pela força do pânico. Ambas as mãos suavam do esforço de ainda pegar na espada. De repente o dragão surgiu com toda a sua envergadura. O medo fez-lhe um nó no estômago, a pele de Eruntalon ficou fria. Pela primeira vez naquele dia, o Ohtar tremeu! O medo do dragão estava a apoderar-se dele. “Foge”, gritava o seu cérebro. “Fica!” ,dizia-lhe o coração. Olhando para o restava do seu amigo, Eruntalon controlou-se. Nunca se batera verdadeiramente de frente com um dragão, ainda por cima apeado, porque eram raros e quem o fazia não vivia para o contar. Mas poucos teriam uma espada élfica. O Ohtar lembrou-se da natureza da essência que a compunha, a mesma que o dragão usava. E pensou que tinha uma chance, rezando para o que havia estudado em criança estivesse certo...


The riders of Rohan -

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