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Ser Enfermeiro...

Friday, January 21, 2011

Doença mental - índices

O primeiro estudo para a população portuguesa sobre saúde mental revela que Portugal é o país da Europa com mais doentes mentais.

Esta realidade é suportada por conclusões que traçam um quadro mais negro do que o previsto sobre a saúde mental no nosso país. Realço:

"No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida. Para um grande mal, poucos remédios: 67% dos doentes graves estão sozinhos com o seu problema e nunca tiveram qualquer tratamento."

"Também a grande maioria das patologias de gravidade moderada estão sem qualquer tratamento (65%) e as ligeiras que estão por acompanhar chegam aos 82%."


"Para uma segunda fase ficam as doenças psicóticas, como as esquizofrenias. Por terem uma dimensão menor, os casos não foram apanhados neste levantamento."


Esta situação reflecte, além de outros factores, o facto de não apostarmos num modelo de cuidados de saúde baseados na prevenção, nomeadamente a nível de intervenção comunitária como se faz no Norte da Europa, o que criaria mais emprego, menos custos para o estado (com a hospitalização e a maior regressão dos casos clínicos) e melhor qualidade de vida da população.

Tal só é possível com uma aposta maior de enfermagem a nível comunitário. Factores como o estigma social,a pobreza e as políticas económicas só pioram este problema. A título de exemplo, o governo revogou a Portaria n.º 1474/2004, de 21 de Dezembro, que permitia subsidiar os anti-depressivos. Alguns passam a custar 10 a 15 euros a mais a utentes que frequentemente revelam falta de adesão terapêutica por factores psico-patológicos, individuais e sociais, assim como dificuldades económicas.


Para piorar, as doenças psicóticas não estão incluídas no estudo, o que certamente elevaria substancialmente alguns índices do mesmo (apesar da subjectividade da colheita de dados em alguns aspectos em saúde mental; por exemplo, os suicídios perpetuados por condutores nos seus veículos são frequentemente classificados como acidentes de viação).

Constato que quanto mais lemos, mais verificamos que as políticas sociais e económicas que estão a ser tomadas, não obstante as limitações contemporâneas, baseiam-se maioritariamente na obtenção de objectivos a curto prazo (muitos deles politicamente relevantes)para o sucesso de governos a curto prazo) enquanto as reformas e políticas com retorno a médio e longo prazo (portanto com menor valor político para os governos já que os resultados demoram anos ou uma geração a ver-se) estão a ser marginalizadas há anos, o que resultará em vários problemas futuros. E o curioso é que hoje estamos a sofrer na pele a incompetência maioritariamente do passado recente (15 anos) que marcou vários quadrantes da vida social, desde a economia à saúde. Quando é que aprendemos a lição para o futuro?Sendo erros recorrentemente repetidos, a minha esperança cada vez é menor.

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